Após 2 anos sem atendimento ao público, Casa de Taipa pode voltar a ativa

O Museu Histórico Casa de Taipa pode ter suas portas abertas ao público já no começo do ano que vem. A informação foi dada pelo diretor Executivo da FAC, Paulo Ogeda.

O Museu que tinha atividades diárias, incluindo cursos de artesanato, cessou o atendimento aberta ao público há dois anos.

"Tínhamos uma coordenadora que era também instrutora de artesanato, então, de forma improvisada, eram oferecidos cursos no local através do projeto CEFAR. Em 2011 houve um corte no pessoal, o que sobrecarregou o nosso setor e foi necessária a pausa das atividades", explica Paulo Ogeda.

O Museu atualmente não conta com um historiador para coordenar o local, e as visitas são apenas por agendamento.

"Atualmente o Museu funciona apenas como um Museu, porém sem um historiador. Quem acompanha e orienta as visitas é a atual coordenadora. Por não ser historiadora, o máximo que ela pode passar são informações mínimas, que ela adquiriu através da experiência de trabalho no local", completa o diretor da FAC.

Paulo também explica como será o plano de atuação do Museu para o próximo ano. "Desde o início da minha gestão, estou juntamente com o Conselho tentando buscar o melhor caminho para que o Museu volte à ativa. Por meio de processo seletivo, selecionamos o melhor candidato para o cargo de historiador".

"Já temos uma pessoa selecionada, e no começo do ano de 2015 ela será efetivada, podendo possibilitar assim que o Museu fique aberto em horário comercial para o público" finaliza Paulo Ogeda.

A casa de Taipa foi doada para o Município no ano de 1968, pelo Monsenhor Floriano Garcez,

com o intuito de servir como museu histórico da cidade.

Porém, Monsenhor Floriano entende que a área não está sendo utilizada dentro do que fora proposto. "Eu acho que minha ideia não foi compreendida até hoje. A nossa cidade tem muita história. A vinda da Sorocabana, a construção do primeiro colégio, a verdadeira idade da cidade, todos esses detalhes poderiam estar sendo exibidos na Casa de Taipa".

Segundo Monsenhor Floriano, a Casa de Taipa já havia sido doada uma primeira vez. Porém, por motivos de mau uso, foi requerido que o local voltasse a seu nome por meios judiciais. Após ter ganho a causa e recuperado a posse, Floriano Garcez, decidiu novamente doar o local para que fosse desta vez utilizada para seu verdadeiro propósito.

"Eu acredito que a Casa tem muito mais potencial do que está sendo feito hoje. Acho que precisamos de mais atenção nesse assunto e que se comece a investir, não só nas atividades, mas na reforma da Casa também", comenta o Monsenhor.

Atualmente, Floriano Garcez tenta conseguir reuniões com professores de história e de jornalismo das faculdades da cidade para que possam ajudar a criar um projeto de instrução histórica.

Sobre o projeto, Monsenhor explica o seguinte: "queria poder falar com os professores de história e jornalismo das nossas faculdades para que pudéssemos coletar as informações históricas da cidade, juntarmos tudo isso em uma apresentação, na qual eu gostaria muito que pudesse ser exibida na Casa de Taipa".

A expectativa da coordenação do Museu Histórico é que no começo de 2015 as atividades já possam estar sendo regularizadas, agradando assim a população e servindo ao seu propósito inicial.