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Família acusa homem de importunação sexual e perseguição contra menina de 7 anos em Assis

Caso foi registrado neste domingo, dia 14 de abril, e revoltou moradores do bairro Vila Nova Assis

Redação AssisCity

  • 15/04/24
  • 12:00
  • Atualizado há 2 semanas

Durante este domingo, dia 14 de abril, imagens de uma câmera de segurança instalada em frente a uma lanchonete do bairro Vila Nova Assis flagrou o momento exato em que um homem, de aparentemente 40 anos, seguiu uma menina de 7 anos até o portão da sua casa.

Nas imagens, amplamente divulgadas nas redes sociais, é possível ver a menina entrando no estabelecimento, que pertence à sua família, e cerca de alguns segundos depois um carro prata passa pela frente, vira no quarteirão e para o carro na esquina no local onde a menina entrou. Ali, ele fica esperando a menina sair, com o órgão genital à mostra. As imagens chocaram moradores de Assis e região, principalmente os que moram no bairro em questão.

O Portal AssisCity entrou em contato com a avó paterna da menina que foi perseguida, Silvana Rodrigues. Foi ela mesmo, inclusive, que compartilhou as imagens nas redes sociais. O estabelecimento onde a menina entrou é seu.

Reprodução/Redes Sociais - As imagens das câmeras de segurança flagraram o momento em que o homem fica esperando a menina sair, com o órgão genital à mostra - Foto: Reprodução/Redes Sociais
As imagens das câmeras de segurança flagraram o momento em que o homem fica esperando a menina sair, com o órgão genital à mostra - Foto: Reprodução/Redes Sociais

De acordo com Silvana, a menina de 7 anos mora a duas quadras do estabelecimento, que é também a sua casa. Constantemente, a menina desce sozinha a rua para ir até a casa da avó buscar um refrigerante ou um lanche, foi o que ela estava fazendo neste domingo, dia 14 de abril, quando abriu o portão e entrou por volta das 10h18 da manhã.

"Minha neta está sempre fazendo este caminho, ontem quando ela chegou, entrou correndo e disse que tinha visto um homem fazendo xixi na calçada. Pensei que poderia ser um bêbado ou um mendigo, não imaginei que poderia ser esse tipo de gente. Quando olhei na câmera para ver quem era, vi que na verdade ele estava esperando a minha neta sair da casa de novo, sabe-se lá para onde ele a levaria. Ele ainda ficou vários minutos em frente da minha casa esperando, com o pênis para fora", contou com exclusividade ao Portal AssisCity.

Depois de ver as imagens, Silvana resolveu ir até a polícia para denunciar o que tinha acabado de ver. Com as imagens em mãos, a avó abriu um boletim de ocorrência mas, segundo ela, a polícia disse que não poderia fazer muito por ela, uma vez que o homem não havia tocado na criança e, pelas imagens, não era possível localizar a placa do carro.

"Voltei para casa com um sentimento de impunidade. Foi quando resolvi postar o vídeo nas redes sociais, pois não tinha como aquilo terminar daquele jeito. Depois que postei, uma pessoa reconheceu aquele homem e veio conversar comigo dizendo que aquele mesmo homem havia mexido com uma criança da família dele, também com 7 anos. A pessoa falou que sabia onde ele morava e me passou o endereço, fui até lá e realmente era o lugar", explicou.

Segundo a avó, o homem mora próximo à uma escola de ensino infantil, a EMEIF João Luiz Galvão. Ao chegar lá, ligou imediatamente para a mãe da menina que, em poucos minutos, chegou ao local com alguns outros populares, que começaram a bater no cara para que ele confessasse o que havia feito. Esse momento, inclusive, também foi compartilhado nas redes sociais por Silvana, em que também dá para ver o carro do suspeito todo destruído.

Reprodução/Redes Sociais - O carro do suspeito ficou destruido - Foto: Reprodução/Redes Sociais
O carro do suspeito ficou destruido - Foto: Reprodução/Redes Sociais

"Assim que eles chegaram, por volta das 17h da tarde, eu também liguei para a polícia ir até o local, pois as pessoas que estavam ali estavam com raiva, eu também estava, com o cara confessando realmente quais eram as intenções dele. Queria que a justiça fosse feita. A polícia demorou quase 1h para chegar lá e, quando chegou, tentou acalmar os ânimos de todos e reforçou que não havia nada que pudesse ser feito e disse que poderia até ficar pior para nós, por conta das agressões que foram feitas", lembrou.

Silvana contou à reportagem que foi novamente à delegacia depois que o endereço do homem foi descoberto. Lá, encontrou também com a mãe de uma outra criança que foi abusada pela mesma pessoa que contou que, na época, a polícia também falou que não podia fazer nada por falta de provas.

"A sensação que fica é de impotência. Saber que não vai dar em nada, dá vontade de fazer justiça com as próprias mãos, quem sabe o que ele já fez ou ainda pode fazer.Nós só descobrimos pois tinha câmera, mas se não tivesse, seria só mais um homem que tava fazendo xixi. Minha neta está muito assustada e nervosa, principalmente depois que percebeu que não era só xixi, ela viu o carro e reconheceu que ela estava sendo perseguida por ele. A mãe da outra criança também me contou que a filha dela passa por acompanhamento psicológico até hoje por conta disso, então até quando esse homem vai ficar solto? até uma criança aparecer estuprada? É algo que não dá para entender", finalizou a avó.

O Portal AssisCity entrou em contato com a delegada responsável pelo caso na Delegacia de Defesa da Mulher de Assis, Dra. Raquel Santos de Oliveira. Em nota enviada à nossa redação nesta segunda-feira, a delegada frisou que "por se tratar de crime envolvendo criança, onde, inclusive populares agrediram o autor na data de ontem, não posso passar informações, visando preservar as partes. Todas as providências de polícia judiciária foram adotadas e o procedimento será encaminhado ao Poder Judiciário ainda hoje".

Vale destacar que a o Código Penal Brasileiro não tipifica a pedofilia como um crime. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pedofilia é classificada pela Organização Mundial da Saúde como uma doença, um transtorno mental, uma patologia de ordem psicológica. Então, à luz da justiça, um pedófilo só pode ser preso somente quando há uma exteriorização desses desejos, por exemplo:

- Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos;

- Art. 241. Fotografar ou publicar cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente;

- Art. 241. Apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente;

- Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2º desta Lei, à prostituição ou à exploração sexual;

- Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la;

- Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro

- Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem;

- Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem;

O caso registrado em Assis continua em andamento e o Portal AssisCity acompanha para novas atualizações.

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