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Oficina de pais e filhos é realizada na Comarca de Palmital

A Oficina de Pais e Filhos consiste em um programa educacional, desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça

Divulgação

  • 12/08/15
  • 07:00
  • Atualizado há 454 semanas

A Oficina de Pais e Filhos consiste em um programa educacional, desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça, destinado aos casais e seus filhos menores, em fase de reorganização da vida familiar, que vivenciam a experiência do divórcio ou separação conjugal.

Os passos iniciais para a operacionalização da oficina, na baixada santista, foi de responsabilidade da Juíza Vanessa Aufiero da Rocha.

O programa se apoia em literatura sobre os efeitos do divórcio e na importância dos pais e demais membros da família buscarem maneiras saudáveis de lidar com o término do casamento. Texto extraído da Cartilha "Oficina Pais e Filhos".

Em Palmital, a oficina está funcionando há um ano. Em relação ao projeto piloto da baixada santista, para a realidade da comarca de Palmital, foram realizadas algumas adequações, como a diminuição da quantidade de horas do encontro, baixando de 4 para 2 horas e meia.

O trabalho da oficina tem por objetivo provocar a reflexão dos pais sobre como estão agindo com seus filhos / crianças e adolescentes. Então, na referida comarca não apenas casais que vivenciam a experiência do divórcio são convidados a participar, mas também, casais que vivenciam o dilema da discussão da guarda, da regulamentação de visitas, em alguns casos, de alimentos. Além disso, também estão sendo convidados pessoas ou casais encaminhados pelos conselhos tutelares e outras entidades cuja finalidade é atender a família. Assim, os trabalhos da oficina se estendem ao campo preventivo.

Em Palmital a Oficina tem em torno de 20 voluntários. Eles são funcionários do Fórum- escreventes, assistente social; funcionários de ONGs, como os do Projeto Bola e Cidadania (assistente social, psicólogo); estagiários do curso de Psicologia e Serviço Social da UNIP de Assis; pastor; membros do Conselho Tutelar de Ibirarema; psicólogo da cidade de Platina, dentre outros.

A oficina consiste em um único encontro que se realiza na Escola Municipal Horácio da Silva Leite, no horário noturno, com duas horas e meia de duração aproximadamente. Os participantes são convidados previamente e separados em salas. Há duas salas para adultos, ficando cada parte do casal em sala separada; uma sala para crianças e uma para adolescentes.

Na sala de crianças são realizadas atividades lúdicas, como desenho da família, assistem vídeo que representa a vida em família e apesar das diferenças que podem acontecer, o amor do pai/mãe para com os filhos permanece. Caso os pais estejam se separando, o filho continuará sempre sendo filho. Durante a realização destas atividades, os voluntários conversam com a criança e procuram fazer com que externe seus sentimentos. Caso seja necessário, poderão ser encaminhados para avaliação psicológica.

Na sala dos adultos, são apresentados vídeos que viabilizam a reflexão da função paterna/materna. São trabalhados assuntos como a diversidade no modelo de família, a parentalidade permanece mesmo que os pais se separem, que os filhos aprendem com as atitudes (boas ou más) dos pais, a diferença em usar a comunicação não violenta, a alienação parental, as formas de se resolver conflitos - pelos CEJUSC, dentre outros assuntos.

Ao final, é realizada avaliação e até o presente, há resultado positivo. Um exemplo é que dois participantes se tornaram voluntários da oficina. Um deles apresentava seu depoimento de vida, como filho de pais separados e como pai de duas crianças, que se separou.

Na sala dos adolescentes, as atividades tem como foco principal valorizar a relação parental e instruir o jovem de que ele não deve servir por exemplo, como mensageiro entre os ex- pais. São realizadas atividades que refletem a família e seus sentimentos diante do problema que vivenciam.

No ano passado foram realizadas seis encontros que receberam 150 adultos; 18 adolescentes e 54 crianças. Vários profissionais assistiram a oficina.

Outras comarcas estão se articulando para implantar o programa. Visitantes de Cândido Mota, Bastos, já estiveram em Palmital para conhecer os trabalhos. Morro Agudo também procurou por informações do funcionamento da oficina, com a finalidade de implantar.

Recentemente os trabalhos da oficina foram apresentados na Semana da Educação na cidade de Platina, de forma que os educadores pudessem conhecer os trabalhos e orientar aqueles que poderiam ser beneficiados.

Os trabalhos já foram apresentados na UNIP, campus de Assis, aos estudantes, no ano passado. A revista da UNESP de Marília também já publicou artigo sobre a oficina de Palmital, no ano passado.

Em Palmital a Oficina tem em torno de 20 voluntários

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