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Chuvas irregulares e de baixo volume impactam lavouras em SP e MT

Apesar do atraso no plantio área da safrinha deverá permanecer estimulada por excelente preço do milho

Redação AssisCity

  • 10/12/20
  • 13:00
  • Atualizado há 179 semanas

O volume de chuvas de outubro a novembro deste ano ficou abaixo das expectativas dos produtores paulistas e mato-grossenses. De um modo geral o plantio só pode ser realizado a partir de outubro concentrando-se no mês de novembro, sendo que a expectativa era efetuá-lo ainda no mês de setembro.

O engenheiro agrônomo, Thiago Rodrigues Catapatti, atua como representante comercial de sementes de milho e soja nos municípios de Sorriso e Nova Ubiratã no Mato Grosso, onde é plantado aproximadamente 1,1 milhão de ha de soja e 700 ha de milho safrinha. Segundo ele, nesta região como um todo, a soja germinou bem.

Divulgação - Thiago Rodrigues Catapatti, engº. Agro. MT
Thiago Rodrigues Catapatti, engº. Agro. MT

Catapatti observa que nas áreas marginais e nas mais arenosas há menos palhada cobrindo o solo e, como já era de se esperar, nestas os estandes das plantas foram prejudicados pela falta de água e incidência de dias de temperatura muito elevada. "O estresse hídrico no início da germinação reduz o número de plantas de soja", explica.

Em relação ao desenvolvimento da soja na citada região mato-grossense já se fala em perdas de produtividade de 10% a 20% por reflexo da estiagem. "Ainda que as chuvas ocorram em volume satisfatório em dezembro a produtividade da soja já terá sido comprometida em 15%, na média, por conta da estiagem no período anterior", prevê.

Já em relação ao plantio do milho Safrinha a perspectiva é de manutenção da área. Isso devido as relações de troca terem sido favoráveis em relação a anos anteriores. "Os insumos como semente e adubo já estão comprados e o preço do grão na região está na casa dos R$ 70,00 hoje e R$ 45,00 para contratos futuros, ou seja, mesmo colhendo menos há chance de boa rentabilidade", pondera.

Na área de atuação da Cooperativa de Pedrinhas Paulista, que abrange, além do município sede, Florínia, Maracaí, Cruzália, Tarumã, Cândido Mota, Paraguaçu Paulista, Rancharia, Iepê e Nantes, somando aproximadamente 24 mil ha, as chuvas também chegaram tardiamente, em pouca quantidade e de forma irregular.

Segundo o engenheiro agrônomo da Cooperativa, Denis Cinonetti, o plantio da soja foi sendo realizado em outubro e novembro, conforme a ocorrência chuva nesta região. Por conta do clima muito seco e das chuvas irregulares e insuficientes houve atraso no plantio e o desenvolvimento da cultura está abaixo do esperado. "A produtividade nesta safra de soja é incerta, pois depende muito de chuvas até o final do ciclo", observa Denis.

Divulgação - Denis Cimonetti, engº. Agro. SP
Denis Cimonetti, engº. Agro. SP

A perspectiva de colheita da soja e plantio do milho safrinha na região de atuação da Cooperativa se inicia no final de fevereiro e se estende, em alguns casos, até final de março. Espera-se, contudo, que um volume de chuva melhor venha favorecer a Safrinha, apesar do risco de geada. "A tendência para a Safrinha é manter a mesma área de plantio devido aos excelentes preços do milho", conclui.

Vale lembrar que o aperfeiçoamento do manejo do solo vem amenizar os efeitos da seca e do atraso na semeadura. Estes e outros temas de grande relevância para nossa agricultura serão discutidos no próximo Seminário Nacional do Milho Safrinha (SNMS) que será realizado pelo CD Vale e Instituto Agronômico (IAC) de 23 a 25 de novembro de 2021 em Assis-SP. Mais informações no site www.milhosafrinha2021.com.br.

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