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Professor de Jiu-Jitsu é denunciado por importunação sexual contra adolescente em Assis

Um inquérito foi instaurado na Delegacia de Defesa da Mulher de Assis para investigar os fatos

Redação AssisCity

  • 30/04/24
  • 15:00
  • Atualizado há 31 semanas

No início da tarde desta segunda-feira, 29 de abril, o Portal AssisCity foi procurado pelo advogado de uma família de Assis relatando que foi denunciado à Delegacia de Defesa da Mulher de Assis um caso de importunação sexual envolvendo uma adolescente de 14 anos e o seu professor de Jiu-Jitsu.

De acordo com o advogado, a menina foi até a DDM acompanhada de seus familiares e relatou que pratica a modalidade de artes marciais há cerca de dois anos e sempre teve aulas com o mesmo professor e que, até então, às interações haviam sempre ocorrido de maneira normal, via aplicativo de conversa WhatsApp.

Entretanto, há cerca de duas semanas, a adolescente percebeu que o professor passou a ter um comportamento mais invasivo com ela durante as trocas de mensagem. Segundo o boletim de ocorrência, a adolescente disse que conversou com o professor a respeito de algumas inseguranças dela, tendo ele passado a lhe falar que ela era bonita, falando que se fosse solteiro e tivesse a idade dela, a chamaria para tomar um açaí.

Além da mudança no teor das mensagens, segundo o relato da adolescente, o treinador passou a lhe pedir fotos e a mandar fotos dele. Em uma dessas ocasiões, o professor teria enviado uma foto de visualização única para ela com a tela toda preta. Ao ser indagado, o treinador teria dito que era ele e depois mandou uma mensagem escrito "ele" e perguntou se a menina tinha curiosidade.

Em seu depoimento à polícia, a adolescente contou que, durante uma dessas conversas, o treinador lhe mandou uma foto de um pênis e teria perguntado se ela queria que ele comprasse um para ela. No entanto, quem abriu essa mensagem foi uma amiga da adolescente que, coincidentemente, também tem 14 anos e é sobrinha do professor.

Divulgação - Troca de mensagens e objeto dado
Troca de mensagens e objeto dado "de presente" pelo professor à menina de 14 anos - FOTO: Divulgação

Segundo a menina, o professor buscava ela e os outros alunos da academia de jiu-jitsu em casa e, depois da aula, os levava embora. Em uma das vezes em que ele a levou para casa, o treinador pediu para que ela se deitasse no banco para que ele pudesse ver como estava as costas dela e, em seguida, disse que queria lhe fazer uma massagem, falando que ela também podia fazer uma massagem nele.

Ainda no depoimento, a menina contou que, após uma das aulas, o professor colocou um objeto dentro da bolsa dela e a instruiu para que ela só olhasse quando chegasse em casa. Quando viu o objetivo, a adolescente relatou à polícia que se tratava de um chaveiro em formato de pênis. No depoimento, a garota contou que o professor disse que ela precisava estimular seu próprio corpo para que ficasse mais "forte".

Ao Portal AssisCity, o advogado contou que a adolescente está muito assustada e não quer mais ir aos treinos. "Isso tudo o que ela relatou vinha acontecendo há mais de uma semana e, neste final de semana, foi quando ele começou a assediá-la pedindo foto e insistindo. Esse episódio do chaveiro aconteceu na sexta-feira e deixou ela muito assustada. Ela chegou achando que era um doce e quando abriu, viu que era esse objeto", contou.

A nossa reportagem entrou em contato com o professor que negou veementemente todas as acusações e disse que os prints foram tirados de contexto. "Não existe essa possibilidade, trabalho com pessoas e isso seria muito complicado. Me preocupa muito esse tipo de acusação, tenho uma imagem e família a zelar. Essa versão que foi dada não é dela e sim da mãe dela", disse.

O caso foi denunciado à DDM de Assis e um inquérito foi aberto para apurar os fatos.

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