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Obstetra afirma que deu todo atendimento necessário à mãe que perdeu bebê

Redação Assiscity.com

  • 05/10/12
  • 12:00
  • Atualizado há 605 semanas

A médica Gilda Aparecida Gonçalves Gil (55), de Palmital, manifestou-se acerca das acusações feitas através da rede social Facebook, pela gestante Tânia Regina de Oliveira (36), de que foi negligente durante atendimento no Hospital Regional de Assis, no dia 02 de setembro deste ano, quando se internou para ter o filho depois de ter havido rompimento da bolsa gestacional e perdido o liquido, ficando o feto aspirando mecônio.

Tânia afirma ter perdido "Daniel" por descaso e negligência. Além da médica Gilda, foi criticada a conduta da também médica Micaela Pelegrini Mussi, e o Hospital Regional de Assis, que emitiu uma nota de esclarecimento sobre a situação.

A médica mostra-se sensibilizada com o ocorrido, e indignada por ter sido denegrida. Formada em Medicina há mais de 30 anos, estando radicada na cidade de Palmital, destaca que jamais esteve envolvida em situação similar: "Jamais, dentro de meu mister como médica tive qualquer problema semelhante ao que está sendo veiculado no Facebook por parte de Elisa Palma, que cedeu seu perfil à senhora Tânia Regina de Oliveira Silva. Realmente atendi dona Tânia no plantão do dia 02 de setembro de 2012, no Hospital Regional de Assis, SP, oportunidade em que efetuei todos os procedimentos médicos que se mostraram necessários quando do seu atendimento. A mesma encontrava-se com gestação de 39 semanas e queixava-se de dor abdominal discreta. Inicialmente foi avaliada pela equipe de plantão, composta por minha pessoa e também por enfermeiras obstetras. A paciente apresentava pressão arterial normal, não tinha perda de liquido, contrações, dilatação, ou sequer estava em trabalho de parto. Ele foi atendida com cordialidade e profissionalismo e que foi realizado o exame de cardiotocografia que comprova o diagnóstico acima descrito, controle dos batimentos do bebê e de perdas vaginais. Determinei a internação da paciente, para observação de seu quadro clínico, solicitei todos os exames cabíveis e ainda consegui agendar uma ultrassonografia para o dia seguinte, o que não acontece normalmente tão rápido naquele hospital. Tudo transcorreu sem intercorrências durante todo o meu plantão, ocasião em que durante várias vezes me dirigi ao local onde dona Tânia se encontrava internada, para saber de seu quadro clínico. Meu plantão somente se encerrou no dia seguinte, ou seja, segunda-feira dia 03 de setembro de 2012, às 7h. Durante o período em que permaneci de plantão a paciente mostrou-se cordial e receptiva, aceitando naturalmente o tratamento a ela dispensado e em nenhum momento questionou a conduta médica adotada por minha pessoa e pelo serviço médico que anteriormente havia indicado que a mesma realizasse parto normal.

Considerando-se o risco gestacional, agravado por diabetes gestacional, hipertensão arterial e patologia com plaquetas baixas (risco de hemorragias), realmente o parto normal seria o procedimento médico mais indicado e menos arriscado para a mãe, mesmo porque a mesma já tinha antecedentes de dois partos normais e o bebê estava em posição correta para nascer, ou seja, de apresentação cefálica, como consta do exame de ultrassom realizado no dia seguinte e não 'atravessado na barriga' como ela afirma no Facebook".

Prossegue alegando que, como trabalha no Hospital Regional, tem conhecimento de que a indicação para cesariana deve seguir os protocolos rígidos determinados por aquela entidade hospitalar e, durante período em que permaneceu de plantão a gestante Tânia não apresentou nenhuma alteração de seu quadro clínico que indicasse a necessidade de uma intervenção cirúrgica (cesariana).

"Infelizmente, contrariando as expectativas, tomei conhecimento de que a evolução de seu quadro clínico foi desfavorável no dia seguinte e, quando necessário foi chamada toda a equipe médica, inclusive minha pessoa na condição de auxiliar de cirurgia e realizada a cesárea de urgência. Em nenhum momento houve falha técnica, ou negligencia médica, sendo que durante todo o procedimento tudo ocorreu de forma normal e natural, com dona Tânia. Lamentamos profundamente o ocorrido e até entendemos os sentimentos da mãe, pois também tenho dois filhos e, 'compartilho' com ela a sua dor. Entretanto nesse momento cabe esses esclarecimentos para que a população possa continuar confiando nos nossos serviços profissionais.

Não justifica a postura da dona Tânia em divulgar inverdades utilizando-se site de relacionamento, postando a foto de seu bebê morto, causando comoção social junto à população de Assis, imputando fatos ofensivos à minha reputação e honra, ofendendo ainda minha condição de médica", critica.

Veja:

Mãe perde recém-nascido acusa médica e hospital de descaso, desumanidade e negligência

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