CAPSA: levando dignidade há 65 anos
"Nunca abandonem o CAPSA". - Padre Aloísio Bellini
Fernando Nascimento
- 05/06/23
- 11:00
- Atualizado há 79 semanas
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Veja a história de hoje do Especial Assis 118 anos.
Hoje é dia de comemorarmos o aniversário de fundação de umas das entidades que, como sempre gostamos de dizer por aqui, vivem o amor prático e se doam por pessoas, sem buscar nada em troca. Há exatos 65 anos, era fundado em Assis o Círculo dos Amigos dos Pobres do Pão de Santo Antônio, o CAPSA, pelo saudoso Padre Aloísio Bellini, vigário do PIME. Vamos conhecer um pouco da história deles?
Na época da sua criação, existiam algumas pessoas que se uniam para trabalhos sociais na Vila Operária. Entre elas o Padre Aloísio, que todas as terças-feiras, realizava a benção de alimentos e pães que seriam doados às famílias necessitadas. Como era devoto de Santo Antônio, manteve o costume semanal onde as igrejas distribuem os pães aos assistidos. Era feita uma oração, a bênção dos alimentos e a sua entrega.
O trabalho continuou com a criação do CAPSA, em um terreno recebido por doação, na Rua Espírito Santo, onde ficam a sede administrativa e o barracão, ambos reformados recentemente. Gradativamente, a atividade principal foi passando a ser a produção e entrega de sopas para famílias necessitadas, sempre às terças-feiras, também com entrega de alimentos.
As famílias atendidas pelo CAPSA, são em sua maioria formadas por pessoas carentes e necessitadas de ambos os sexos sem limite de faixa etária, cujos membros estejam expostos às situações de emergência e carências sociais econômicas e que são assistidas muitas vezes em caráter emergencial, na expectativa de lhes garantir o direito mínimo de dignidade, segundo o site da entidade.
Tais famílias são previamente cadastradas, de vários locais da cidade, e devem atender a alguns requisitos para seu cadastramento. Além de ter suprida sua necessidade momentânea, os familiares, especialmente as crianças, precisam, por exemplo, estar na escola. Uma forma de fazer com que sejam atendidas integralmente.
São cerca de 70 baldes de 3 litros de sopa por semana, que servem em média quatro pessoas. Em 2022, foram 288 cestas básicas entregues, em torno de 24 por mês, número que aumenta a cada ano. As cestas são confeccionadas com doações, assim como alguns ingredientes das sopas.
O trabalho social do CAPSA vai além. Cerca de 20 famílias também são assistidas com lanches, sucos, café, roupas, móveis usados e outros itens que, como já citamos, ajudam a lhes trazer dignidade.
Entre 2011 e 2014, o Projeto A. Bellini atendeu mais de 139 crianças e adolescentes no CSU, atual Ecoparque, com atividades recreativas, culinárias, karatê, dança, manicure e marcenaria.
Hoje, a entidade também mantém oficinas de artesanato e uma horta, onde são produzidas hortaliças para os projetos. Outras atividades como festas juninas e em outras datas também são feitas, conforme a possibilidade. Já fizeram um almoço de Natal que reuniu mais de 400 pessoas.
Desde 2007, a entidade tornou-se central de penas, com medidas alternativas que acolhe condenadas do sexo feminino, em atividades de reinserção social, com 22 pessoas atendidados. Muitas tornam-se voluntárias após o cumprimento das medidas e engrossaram o rol de quase 25 voluntários atuais.
A entidade não recebe recursos públicos, sobrevive de doações e participação em eventos para arrecadação de fundos. Algumas penas pecuniárias aplicadas pela Justiça Estadual são direcionadas para o CAPSA, além de ajuda de entidades como Rotarys, Unimed, Escoteiro Carajuru e Cambuí, Escola de Samba VO, Fundo Social de Solidariedade, Fundafresp, Receita Federal, Justiça Federal, Tiro de Guerra, Delegacia Seccional de Assis Tênis Clube. Caso você queira doar, o PIX da entidade é o 54.703.574/0001-55. O telefone para contato é o 33215821. Sua doação será bem-vinda, auditada e ajudará muita gente
O CAPSA foi decretado de utilidade pública pela Lei Municipal sob o n° 752, de 03/09/1960.
Um trabalho feito com muito amor, carinho e dedicação, capitaneado por Luiz Antonio Bermejo, presidente há 10 anos.
Amor prático.
Obrigado, Círculo dos Amigos dos Pobres do Pão de Santo Antônio.
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