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Diocese de Assis afasta padres investigados por abuso sexual e denunciados por ex-seminarista

Redação AssisCity

  • 31/05/22
  • 12:00
  • Atualizado há 102 semanas

Foi publicado nesta terça-feira, dia 31 de maio, no site da Diocese de Assis, na sessão documentos, a medida cautelar com afastamento de dois padres de Assis, investigados por abuso sexual que teriam ocorrido há 20 anos, durante os anos 2002 a 2004, quando o denunciante, ex-seminarista tinha 16 anos.

Consta no documento a proibição de exercício do ministério sacerdotal dos padres Oldeir José Galdino que na época atuava em Iepê e atualmente em Pedrinhas Paulista e Maurilio Alves Rodrigues, em Assis.

A medida cautelar considera "garantia e proteção da justiça; e para evitar escândalo com manifestação violenta, física ou moral", diz o documento assinado pelos Bispo Diocesano de Assis, Dom Argemiro de Azevedo e Padre Alan da Cruz Joaquim".

Ainda, consta no documento que ao "cessar o processo penal administrativo e o acusado não for condenado, a restrição à pessoa acusada com medida cautelar será revogada pelo próprio direito".

O caso

Um ex-seminarista, residente em Assis, depois de mais de 20 anos em tratamento psiquiátrico e psicológico decidiu denunciar ao Tribunal Interdiocesano de Botucatu, que aos 16 anos, durante sua permanência em seminário, segundo ele mesmo, teria sofrido abusos sexuais de dois padres da Diocese de Assis.

As acusações são dos anos de 2002 a 2004, e a denúncia foi feita em janeiro de 2021. "Após anos sofrendo calado, doente e passando por tratamento psiquiátrico e psicológico denunciei o abuso sexual ocorrido", diz o ex-seminarista.

Os documentos da denúncia, recebidos pelo Tribunal Interdiocesano por meio do vigário Judicial Padre Doutor Carlos Roberto Santana da Silva e pelo notário Padre Me. Reginaldo Marcolino, também foram encaminhados ao Portal AssisCity pelo ex-seminarista.

O ex-seminarista indicou na denúncia testemunhas, dentre elas um outro ex-seminarista, que também diz que teria sido abusado pelos mesmos padres. Posteriormente à denúncia, um dos padres entrou em contato com o denunciante por ligação telefônica, cujo áudio e transcrição constam nos documentos de investigação e também foram encaminhados ao Portal AssisCity "como uma tentativa de me calar, pedindo para eu retirar a denúncia, mas, em nenhum momento ele tentou se defender e nem contestou as minhas acusações".

Segundo informou o ex-seminarista, "o processo foi encaminhado para Roma, e esta o devolveu para o bispo pedindo que fosse feita investigação e apuração da denúncia. Nova fase do processo foi iniciada e eu ainda não tenho conhecimento da decisão".

O ex-seminarista não registrou boletim de ocorrência na época o que foi feito na quinta-feira, dia 26 de maio, na Delegacia de Defesa da Mulher.

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