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Hospital Maternidade de Assis se manifesta sobre caso da UTI pediátrica do Hospital Regional

Nota foi enviada ao Portal AssisCity no final da tarde desta quarta-feira, dia 8 de maio

Redação AssisCity

  • 08/05/24
  • 18:00
  • Atualizado há 1 semana

No final da tarde desta quarta-feira, dia 8 de maio, o Portal AssisCity recebeu da diretoria do Hospital e Maternidade de Assis (HMA) uma nota oficial detalhando o atendimento médico prestado à menina de 9 anos que sofreu um AVC no dia 30 de abril e que, somente após uma medida judicial, conseguiu transferência para a UTI Pediátrica do Hospital Regional de Assis, conforme a reportagem publicada nesta terça-feira, 7 de maio.

Confira a nota na íntegra:

"O Hospital e Maternidade de Assis (HMA) vem a público se pronunciar acerca da prestação de atendimento a uma criança de 9 anos conveniada à Unimed Assis que deu entrada na Sala de Emergência do Pronto Atendimento há cerca de 9 dias (30/04/24). Logo em seguida já diagnosticada com AVCH (Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico), sendo avaliada pela equipe de Neurocirurgia e indicado cirurgia em caráter de urgência para Descompressão Intracraniana, devido risco iminente de morte.

Durante o período transoperatório foi solicitado pela equipe contato para remoção da criança no pós-operatório imediato para UTI PEDIÁTRICA, devido à gravidade do caso e o risco de instabilidade hemodinâmica.

O HMA juntamente com a Unimed Assis não mediu esforços em busca de vaga, foi realizado contatos em vários hospitais credenciados pela operadora de saúde Unimed para atendimento da criança na região, onde não se dispunham de vagas no momento. Na cidade de Ourinhos, como foi citado em matéria que tinha vaga, não ofertou vaga pois não há UTI PEDIÁTRICA somente UTI Neonatal e mesmo assim não possuía vaga.

Então assim com empenho de todos profissionais envolvidos, inclusive o pediatra de plantão na ocasião, foi feito contato com a plantonista da UTI PEDIÁTRICA do Hospital Regional de Assis, no qual relatou que tinha leito disponível e que não havia nenhuma solicitação de leito pelo SIRESP - Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo, antigo sistema CROSS, então os envolvidos se mobilizaram para realizar a remoção da criança juntamente com a Unimed, onde se fez contato com UTI móvel em Marília para se locomover até Assis para realizar a transferência para HRA.

Durante os trâmites para remoção o HMA recebeu uma ligação da Diretora do HRA dizendo que a vaga não seria cedida pois se tratava de uma vaga de um paciente de hospital privado e que as vagas são para pacientes do SUS.

Ressaltamos o que rege a Lei:8080/90- Art 196- A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. (Mesmo assim não obtivemos êxito).

No entanto HMA diante as recusas para transferência da criança, os médicos da UTI adulto (GATI- Grupo Atendimento de Terapia Intensiva), juntamente com médicos pediatras da Ped. Assis, enfermagem, fisioterapeutas e todos envolvidos não mediram esforços para dar suporte à paciente.

A pequena E.E.D.M recebeu todo atendimento necessário com eficiência até sua remoção."

Em contato com o Portal AssisCity no dia 6 de maio, Telma Andrade Spera, então diretora do HRA e que na mesma semana se afastou do cargo para ser pré-candidata à prefeitura de Assis, negou as afirmações de que a vaga tenha sido recusada. "NÃO NEGAMOS NENHUMA VAGA PARA NINGUÉM, muito pelo contrário fizemos de tudo para ajudar dentro das vias corretas, pois a paciente não estava dentro de um hospital credenciado no SUS", escreveu.

De acordo com a família, a menina não tinha condições de deixar o HMA e dar entrada para um lugar conveniado ao SUS para só então ser encaminhada para o Regional e que, por esse motivo, a família entrou na justiça.

Nesta quarta-feira, dia 8 de maio, a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo (SES-SP) também emitiu nota oficial sobre o caso à pedido do Portal AssisCity, confira na íntegra:

O Hospital Regional de Assis (HRA) informa que a paciente E.E.D.M. foi inserida na Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (Cross) no dia 3 de maio deste ano e, após ser transferida, foi prontamente atendida por equipe médica multidisciplinar. Desde então, segue recebendo todo o suporte necessário em leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica.

O HRA segue os parâmetros legais da justiça brasileira e esclarece que é uma unidade referenciada, ou seja, só atende pacientes regulados pela Cross. A inserção de pacientes na regulação estadual é realizada pelos municípios ou unidades de origem, que também são responsáveis pela definição de prioridade dos casos e por atualizar constantemente o quadro clínico no sistema, bem como mantê-los assistidos e estáveis previamente, além de providenciar transporte adequado para deslocamento seguro quando a transferência é necessária.

O Portal AssisCity segue acompanhando o caso.

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