Palestra sobre manejo integrado de doenças de soja, milho e cana abre segundo dia do Vale Direto
Palestra foi ministrada pelo engenheiro agrônomo Dr. Seiji Igarashi
A última vez que o engenheiro agrônomo Dr. Seiji Igarashi esteve em Assis foi há 15
anos. Nesta quinta-feira, 12 de setembro, ele retornou a região do Vale Paranapanema para palestrar no último dia do Vale Direto Show 2019.
O engenheiro, que também é sócio-proprietário da Siga Consultoria Agrícola trouxe para os presentes a palestra "Manejo Integrado de Doenças da Soja, Milho e Cana-de-açúcar". Da soja, por exemplo, são mais de 40 doenças, por essa razão, o monitoramento e manejo de pragas é tão relevante.
"O solo é o maior patrimônio da agricultura, é dele que tiramos o nosso alimento. Por isso precisamos cuidar do solo e conhecer as principais condições que predispõem a ocorrência de doenças e como prevení-las", ressalta Seiji.
Ele citou o ambiente e a favorabilidade clímática para que a doença ocorra de forma epidêmica.
"Cada produtor tem que conhecer muito bem o seu 'quintal' para ter maior eficiência de controle. Os químicos, por exemplo, devem ser utiizados de forma mais técnica e racional, para
não elevar os custos de produção e ao mesmo tempo reduzir a mortalidade dos inimigos naturais", comenta.
Como saber se determinada doença está chegando na sua propriedade? Seiji explica que determinados sinais, como a chuva por exemplo,vai favorecer o aparecimento de doenças.
"É fundamental detectar a chegada de esporos de doenças antes de ocorrer a infecção na planta. Cada fungo tem suas condições ambientais que mais favorecem o seu aparecimento. São sinais que o produtor deve ficar atento", alerta Seiji.
No solo habitam milhões de microrganismos benéficos, que são parceiros de trabalho. Eles que
auxiliam no combate a pragas e as doenças indesejáveis, além de participarem no trabalho de reciclagem e composição de minerais e de matéria orgânica existentes no solo. Durante a palestra, Seiji também apresentou o uso do Coletor de Esporos, um instrumento fundamental
para detectar a chegada de esporos.
"O uso desse equipamento traz vantagens como indicar o perigo de infecção e/ou epidemia, permite planejar aplicações de fungicidas, possibilita a redução do custo de produção e menor agressão ao ambiente", revela Seiji, que desenvolveu o equipamento em 1986. Pra ele nada mais importante do que manter a sanidade da lavoura e aumentar o ganho do produtor.
