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Professora de Assis fala sobre a importância do repertório sociocultural no ENEM 2022

Jeceli Fazioni é professora e autora do livro 'Como se dar bem na Redação do ENEM'

Redação AssisCity/ Informações: Jornal da USP/ Adaptação: Professora Jeceli Fazioni

  • 06/11/22
  • 09:00
  • Atualizado há 79 semanas

Toda semana o Portal AssisCity e a professora e autora do livro 'Como se dar bem na Redação do ENEM' estão trazendo dicas para você garantir uma boa nota em uma das provas mais importantes do Brasil.

O ENEM anualmente reúne milhares de candidatos em busca de uma nota boa, para ingressar em diversos vestibulares do Brasil e realizar o sonho da graduação.

Fique por dentro da dica de hoje:

A necessidade do repertório sociocultural na redação do Enem

O repertório sociocultural reforça a argumentação. Deve fazer parte de sua redação. Esse repertório deve ser baseado nas várias áreas do conhecimento para desenvolver o tema (Ciências, Arte, Filosofia, Sociologia, Educação). Pode ser a citação de algum filme, música, personagem, autor, escritor, outras.

divulgação - Jeceli Fazioni, professora e autora do livro 'Como se dar Bem na Redação do ENEM' - Foto: Divulgação
Jeceli Fazioni, professora e autora do livro 'Como se dar Bem na Redação do ENEM' - Foto: Divulgação

Veja alguns exemplos que podem ser usados na redação, dependendo do tema proposto.

"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos."

Artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo."

Nelson Mandela

"Não são as crises que mudam o mundo, e sim nossa reação a elas."

Zygmunt Bauman, filósofo e sociólogo polonês.

"A vontade geral deve emanar de todos para ser aplicada a todos."

Jean-Jacques Rousseau, filósofo suíço.

"Não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros."

Confúcio, pensador e filósofo chinês.

"Temos de nos tornar a mudança que queremos ver."

Mahatma Gandhi, ativista indiano.

Alguns filmes que podem ser usados em repertórios na redação, a depender do tema:

• Divertida Mente (2015)

- saúde mental. Valorização de todas as emoções, que têm sempre o lado positivo.

• A grande Virada (2010)

- vagas de trabalho na era digital. Sobre demissão em massa. Como as pessoas reagem diante da crise.

• O Grande Desafio (2007)

- Sobre o poder da argumentação oral. preconceito, racismo.

• O Começo da Vida (2016)

- A força do ambiente social na formação e no desenvolvimento do ser humano.

• Escritores da liberdade (2007)

- Educação. Questões sociais que interferem no desempenho e na autoestima de alunos de uma escola de periferia nos Estados Unidos.

Lembre-se: não basta citar o repertório. É preciso que esse repertório esteja relacionado com o tema da redação. E ainda é preciso discuti-lo, 'amarrá-lo' às discussões realizadas na redação.

Vamos ao tema da semana

- sugestão:

"Os jovens brasileiros e a entrada no mercado de trabalho: desafios a serem vencidos"

Os jovens formam um dos grupos mais afetados pelo desemprego no Brasil. Dos quase 14 milhões de desempregados no quarto trimestre de 2020, cerca de 70% eram pessoas na faixa-etária entre 14 e 24 anos de idade, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com a inserção das novas tecnologias, esse grupo encontra um mercado de trabalho cada vez mais exigente e consequentemente com mais dificuldades para garantir novas oportunidades.

A especialista em Psicologia do Trabalho, Adriana Cristina Ferreira Caldana, professora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, conta que, diferentemente de 20 a 50 anos atrás, essa geração está diante de um cenário de redução "não só de mão de obra física, pelas máquinas", como também da mão de obra qualificada, que "pode ser e já está sendo substituída pela inteligência artificial". Para ela, essa classe se depara com mais barreiras, pois "o mercado de trabalho que temos hoje é um mercado de trabalho bastante dinâmico".

Tem sido assim para a jovem Vitória Eduarda dos Santos, de 21 anos, que está em busca do seu primeiro emprego. Ela não concluiu o ensino fundamental devido a motivos de saúde e, embora não tenha experiência profissional, conta que não esperava que a trajetória para entrar no mercado de trabalho seria tão difícil. "Eu imaginava que seria mais fácil. Muitos dos lugares pedem experiência, eles não dão oportunidade para quem não tem."

Cerca de 70% dos desempregados brasileiros estão na faixa etária de 14 até 24 anos. As dificuldades para entrar no mercado, além dos índices de desemprego aliados à crise econômica que se instalou no Brasil, somados à pandemia, fazem com que jovens como Vitória se sintam desanimados. Apesar de aconselhada a concluir os estudos, a jovem acredita que, diante do atual cenário, isso pode não fazer diferença. "Está difícil para todos nós, até para quem já tem faculdade", desabafa, "os estudos são importantes sim, mas neste momento, vendo o mercado de trabalho, acredito que não está fazendo diferença". Apesar de não encontrar oportunidades, Vitória entende a necessidade da profissionalização. Diz que sua expectativa é conseguir emprego para investir em cursos de especialização e um dia ter seu próprio negócio.

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