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Assisense doa medula e se emociona

Gabriela Aparecida Alves Theodoro garante que doação é mais emocionante que dolorida

Redação AssisCity/ Fotos: Divulgação

  • 03/04/18
  • 08:00
  • Atualizado há 316 semanas

Em todo o país, há milhares de pacientes aguardando a sorte de encontrar um doador de medula compatível e que pode ser a chave para curar doenças graves, como a leucemia.

Muitas pessoas ainda têm receio de fazer a doação, mas a assisense Gabriela Aparecida Alves Theodoro rompeu essa barreira e descobriu que essa atitude é muito mais recompensadora do que imaginava.

"Eu fiz o curso de Enfermagem e em 2017 fiz o cadastro para ser doadora de medula. Em meados de agosto me ligaram para informar que eu poderia ser doadora e em fevereiro deste ano retornaram para dizer que eu era compatível com uma pessoa que estava aguardando a doação. Fui para o Hospital Amaral Carvalho, em Jaú, onde fiz os exames e o procedimento de coleta, e posso dizer que foi uma emoção muito grande. Os possíveis doadores ficam registrados no sistema do REDOME e todos os custos de viagem, hotel e medicamentos são gratuitos", afirma.

O REDOME é o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea. O sistema reúne todos os dados dos voluntários, como nome, endereço, resultados de exames e características genéticas, além de atuar articulado aos cadastros de todo o mundo. Ou seja, a busca por doadores para pacientes brasileiros é realizada simultaneamente no Brasil e no exterior.

Segundo Gabriela, trata-se de um procedimento simples e pouco doloroso.

"Eu fui para Jaú na terça-feira e na quinta-feira já estava de volta para minha rotina normalmente. A doação pode ser feita de duas maneiras, pelo sangue ou por cirurgia, que foi o meu caso. Tomei uma anestesia geral e os médicos colhem o material diretamente do osso da região da bacia. Muita gente tem medo da dor, mas senti apenas um dolorido, como se tivesse ido para a academia ou feito alguma atividade física mais intensa. São dois furinhos de agulha que salvam vidas, porque para alguém que está lutando contra a leucemia, por exemplo, isso com certeza não é nada", salienta.

A assisense disse que se emocionou muito ao ser compatível com um paciente, pois as chances são de uma em 100 mil quando não há compatibilidade com pessoas da família.

"Eu fiquei muito emocionada e chorei muito quando soube que era compatível com alguém, porque é como ganhar na loteria do bem. Alguém vai se curar de um câncer e você pode participar disso, salvando uma vida. Não sei quem é, pois só podemos ter acesso aos dados do paciente depois de um ano e meio, mas sei que é uma pessoa adulta. Para quem doa não faz falta nenhuma, pois depois de 15 dias a medula já está totalmente recuperada. Mas para quem recebe é muito importante, pois há pessoas que passam uma vida toda esperando e infelizmente morrem antes de conseguirem doadores compatíveis. Por isso é tão importante fazer o cadastro, porque a chance de encontrar um doador compatível é de uma a cada 100 mil. Quanto mais pessoas se cadastrarem, mais chances há desses pacientes poderem viver mais", acrescenta.

Na região de Assis, a coleta para cadastro pode ser feita no Hemocentro de Marília, de segunda à sexta-feira, das 7h às 13h. Para ser doador é preciso ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde.

Segundo o Hemocentro de Marília, para o cadastro é necessário apresentar o RG e preencher uma ficha com os dados pessoais, além de colher um simples exame de sangue para tipagem. O sangue passará por um teste de laboratório para identificar sua tipagem HLA e a partir disso será cadastrado no REDOME.

Quando aparecer um paciente com a medula compatível, o doador será chamado para fazer novos testes sanguíneos de confirmação da compatibilidade.

No site você pode encontrar o passo a passo do procedimento. O telefone de contato do Hemocentro de Marília é (14) 3402-1744.

Gabriela Theodoro durante doação de medula em Jaú

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