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"Vacinem-se e respeitem os profissionais da saúde", pede esposa de técnico de enfermagem, vacinado que contraiu COVID-19

O técnico de enfermagem é do grupo de risco e superou a doença sem agravamento

Redação AssisCity

  • 29/03/21
  • 14:00
  • Atualizado há 160 semanas

Flávia Granai, estudante de enfermagem, casada com um técnico em enfermagem, diz que seu marido, contraiu a doença e só não teve agravamentos da doença porque tomou as duas doses da CoronaVac.

Ele tomou a vacina por atuar na linha de frente no combate à COVID, em um hospital de Assis. "A vacina não o impediu de contrair a doença. Mas impediu de ter agravamentos da doença. Então, a vacina salva vidas, sim, e todos devem se vacinar". É assim que Flávia inicia a conversa com a reportagem do Portal Assiscity.

Apesar de ter sido vacinado, a família de Flávia continuava apreensiva com a exposição do esposo aos riscos de contrair a doença nesse momento pandêmico. "Meu marido chega em casa exausto. Posso dizer que a rotina é um desgaste total para todos nós. Estão todos os profissionais da saúde nas mesmas condições, assim como seus familiares que ficam apreensivos com a exposição aos riscos de contaminação", diz Flávia.

divulgação - Flávia Granai
Flávia Granai

O hospital onde seu marido atua tem um mecanismo de horário diferenciado, mas, "a COVID não escolhe hora, nem lugar. Meu marido vem fazendo plantões que passam do seu horário e chega desgastado. Mas tudo para salvar vidas e aliviar a dor de muitas famílias", relata.

Esse é o lema dos profissionais de saúde. Salvar vidas e aliviar a dor de muitas famílias. Mas, segundo Flávia, a dor de ter um familiar contaminado pela COVID foi mais branda em sua casa. Seu esposo contraiu a doença e apresentou alguns sintomas em 18 de março e no dia seguinte teve febre e dor de cabeça. Com a dúvida de ser ou não COVID, por ter sido vacinado, ele foi ao Pronto Atendimento, fez o exame e aguardou o resultado em casa.

"Foi então que começou a pior parte, o isolamento. Eu e minhas filhas dentro de casa isoladas dele, queríamos fazer o teste, mas não tínhamos condições financeiras de pagar. Foi dia após dia observando os sinais e sintomas dele e nossos que a qualquer instante poderiam aparecer", relata.

Chegou o resultado positivo e colocou a família em desespero, "pois meu marido é grupo de risco, tem uma válvula mitral no coração e poderia hoje ser mais um esperando leito em UTI. Mas, hoje no 12º dia da doença está bem e em breve voltará a fazer um trabalho maravilhoso na UTI", diz Flávia.

Flávia atribui a boa recuperação de seu esposo à vacina, mas também à fé de que seu marido ainda tem muito a viver ao lado de sua família.

Ela faz dois apelos à população. "Primeiro, que todos tomem a vacina, porque a vacina salva vidas e eu sou prova disso. E, segundo, que a população tenha um olhar diferente para os profissionais da saúde, que precisam ser valorizados, e precisam sobretudo serem respeitados. E o respeito a eles nesse momento é a população se cuidar e ter compaixão não somente de si, mas de todos os profissionais da saúde que convivem diariamente com a dor de ver o sofrimento do próximo e com os riscos de se contaminarem e levarem o vírus para dentro de casa. Todos estão exaustos e estão fazendo além do que podem", clama Flávia.

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