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"No coração de cada um da enfermagem mora o dom de amor e cuidado, de iluminar caminhos", diz a técnica Rebeca de Oliveira Fernandes

A enfermeira atua na Santa Casa e no Hospital Regional de Assis

Redação AssisCity

  • 30/04/21
  • 09:00
  • Atualizado há 156 semanas

A série Heróis da Pandemia de hoje, do Portal AssisCity em parceria com a Santa Casa de Assis, apresenta mais uma heroína da pandemia da instituição, representando seus profissionais da saúde, do Brasil e de todo o mundo, que estão na linha de frente no combate à COVID-19. São eles que arriscam suas vidas, afastam-se de seus familiares, fazem horas e horas de plantões e vibram quando salvam vidas.

"Ver tantas mortes é dolorido. Não estamos para perder vidas, mas sim para ajudar a salvá-las. É desesperador ver tantas mortes; é como se estivéssemos de mãos amarradas". É assim que a técnica de enfermagem Rebeca de Oliveira Fernandes, de 23 anos, moradora de Palmital, inicia sua entrevista ao Portal AssisCity.

Mas, como otimista que é, e certa do que sua profissão representa, ela emenda dizendo qual é o sentimento de salvar tantas vidas: "Gratificante. É o combustível que nos motiva a cada plantão".

Cada plantão nesse momento de pandemia pode chegar a muitas e muitas horas, como é o caso de Rebeca que já chegou a fazer 36 horas. Mas, certamente 36 horas com pensamento positivo e, mesmo ainda muito jovem, com opinião crítica sobre o que o mundo está enfrentando e como os casos têm sido tratados: "o maior desafio é manter-se positivo ao ver o descaso de tantas pessoas e o sofrimento dos pacientes".

Divulgação - Rebeca de Oliveira Fernandes tem 23 anos e já enfrentou 36 horas de plantão nesta pandemia
Rebeca de Oliveira Fernandes tem 23 anos e já enfrentou 36 horas de plantão nesta pandemia

Esse descaso e o sofrimento a que ela se refere são amenizados pelo que a profissão representa para ela: "enfermagem é tratar o paciente com cuidado, carinho, vai além de cuidar das dores e das feridas. É acolher e confortar". E assim, Rebeca vai seguindo seus dias "aliviando de alguma forma o sofrimento dos doentes e promovendo sua recuperação", mesmo porque a enfermeira afirma que ela não escolheu essa profissão, mas sim essa profissão a escolheu.

"Acredito que a enfermagem é quem escolhe e que no coração de cada um da enfermagem mora o dom de amor e cuidado, de iluminar caminhos".

A enfermagem representa, de fato, o cuidado, o amor, mas tudo isso em um período tão longo de pandemia não tem sido fácil para os profissionais de saúde, de forma geral. "Estamos abalados. Estamos sobrecarregados tentando sermos fortes para aliviarmos os que precisam dos nossos cuidados", declara Rebeca, que nunca imaginou vivenciar isso e ainda precisa ficar distante da família e daqueles que ama, principalmente pelo medo de levarem o vírus para dentro de casa.

Vejamos como tem sido o convívio familiar de Rebeca: "à distância, por chamadas de vídeo ou de dentro do carro".

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