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Mais da metade do lixo recolhido no Corredor Raposo Tavares é reciclável

Materiais descartados irregularmente na malha rodoviária ao longo do ano preencheriam duas piscinas olímpicas

Assessoria CART

  • 24/01/18
  • 20:00
  • Atualizado há 326 semanas

De Bauru a Presidente Epitácio, a limpeza feita diariamente ao longo do Corredor Raposo Tavares resulta no recolhimento de quantidade expressiva de material jogado na pista ou no acostamento, sendo a maior parte reciclável. Para se ter ideia da importância do trabalho das equipes de manutenção e limpeza, a quantidade de material dispersada irregularmente no trecho administrado pela CART ao longo do ano seria suficiente para encher quase duas piscinas olímpicas. No período de férias, quando o fluxo de veículos aumenta em média 20%, a CART - Concessionária Auto Raposo Tavares reforça a necessidade da colaboração de seus usuários com a limpeza das rodovias.

Por mês, em média, são recolhidos 574 metros cúbicos de lixo na SP-270 - Raposo Tavares, SP-225 - João Baptista Cabral Rennó e SP-327 - Orlando Quagliatto. Deste total, 343 m³ (60%) são recicláveis, como plástico, garrafas PET, latas de refrigerantes, papel, papelão, plásticos, recipientes de vidros e sacolas. "É uma quantia considerável de material reciclável recolhido por nossas frentes de limpeza, que desempenham um papel indispensável à preservação do meio ambiente em nosso trecho", afirma Athayde Caldas, Gerente de Relações Institucionais da CART. "Na outra ponta, a CART contribui com a geração de emprego e renda nos municípios direcionando esse material para cooperativas de reciclagem", ressalta.

Já o material não-reciclável corresponde a 62,5 m³. São embalagens com restos de alimento, isopor e papel higiênico. Outro item que chama a atenção pela quantidade recolhida são fraldas descartáveis usadas. "Recomendamos às mamães que viajam pelo Corredor a utilizarem nossas bases. Os 12 SAUs [Serviço de Atendimento ao Usuário> dispõem de toda infraestrutura necessária para o conforto dos viajantes nas paradas de descanso, inclusive fraldário", menciona.

Mensalmente, as equipes recolhem cerca de 16 m³ de resíduos de borracha nas pistas. Boa parte é resto de ressolagem de pneus de veículos pesados. Esse material é levado para ecopontos. Também são contabilizados nesta relação materiais orgânicos (roçada da grama e restos de poda), que totalizam 151,3m³ por mês.

As equipes de limpeza da CART atuam com equipamento de capina de vegetação, pás, além de caminhões de varredura e de transporte de ferramentas. "Para uma rodovia ainda mais limpa, a orientação é que o motorista leve sacolas plásticas para depositar seu lixo no interior do veículo e descartá-lo adequadamente na próxima parada. Nossas bases de atendimento possuem lixeiras para material orgânico e reciclável e são uma alternativa para o descarte nas paradas para descanso rápido ou para solicitar informações", ressalta Caldas.

Meio ambiente

A presença de resíduos na malha viária pode provocar acidentes, além do impacto ambiental. Com as chuvas, o lixo é levado pela enxurrada para os rios. Animais silvestres que habitam às margens da rodovia nas áreas de vegetação são atraídos para a pista e há o risco de atropelamento, que oferece ainda perigo aos ocupantes dos veículos.

A consciência ambiental é reforçada por meio das ações do PRA - Programa de Redução de Acidentes, que a CART desenvolve nas comunidades em parceria com a ARTESP - Agência de Transportes do Estado de São Paulo. A exposição itinerante "Rastros de Fauna" tem como principal público estudantes. "Um dos objetivos deste trabalho nas escolas é fazer dos alunos multiplicadores de conhecimento, alertando sobre o que a prática de jogar lixo na rodovia pode provocar", afirma Athayde Caldas.

Contribuir com a limpeza da malha rodoviária é participar, ainda que indiretamente, de um consistente trabalho de preservação da fauna. No Corredor Raposo Tavares, o programa de mitigação de atropelamento de fauna atingiu resultado acima do indicado pela literatura científica. Em um trecho de 71 km de malha rodoviária, que compreende Maracaí e Regente Feijó, houve redução de 72% no índice de atropelamentos de animais silvestres, mesmo com a duplicação da pista e aumento do volume de veículos passantes.

Considerando apenas os pontos críticos de atropelamento mapeados nesse segmento, o índice de redução atingiu 86%. A literatura científica indica que pontos tratados representam entre 79% e 97% de redução. Um trabalho que envolve, além da implantação da estrutura de passagens de fauna, monitoramento constante. "Os animais, de acordo com literatura específica, levam um tempo para reconhecer a utilidade desses dispositivos, o que chamamos de curva de aprendizagem. Se o lixo é lançado na rodovia e o atrai para a pista, este processo é comprometido", explica Caldas.

Limpeza é feita diariamente por equipes da CART

Usuários do Corredor contam com fraldário nos SAUs

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