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4 em cada 10 brasileiros afirmam que nunca ou raramente sobra dinheiro no fim do mês

Outros 36% estão preocupados que o dinheiro não vai dar durar, aponta pesquisa

Divulgação

  • 24/11/23
  • 12:00
  • Atualizado há 22 semanas

Há algum tempo os brasileiros não conseguem um bem-estar financeiro. Segundo levantamento realizado pelo Banco Central, em parceria com o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), 4 em cada 10 brasileiros afirmam que nunca ou raramente sobra dinheiro no fim do mês. A base de dados ainda reforça que 36% estão preocupados que o dinheiro não vai durar.

A pesquisa mostra ainda que 48,6% dos brasileiros estão se virando financeiramente, ou seja, conseguem liquidar parte das dívidas deixando outras para o próximo mês. Do total, 49,1% afirmam que problemas financeiros são motivos de estresse em casa. Segundo Fernando Lamounier, educador financeiro e sócio diretor da Multimarcas Consórcios: "Para o brasileiro, a instabilidade econômica do país é o agente dificultador de um padrão de vida financeira saudável para o cidadão comum. A alta inadimplência deve-se à situação dos salários baixos e desemprego elevado".

Participaram da pesquisa dois mil brasileiros, entre 16 e 79 anos de idade, de uma amostra representativa de diversas regiões do país. Dos entrevistados, 6 em cada 10 afirmaram não ter resiliência financeira, ou seja, se acontecesse algo inesperado neste momento, no mesmo valor da renda mensal, a maioria não conseguiria arcar sem recorrer a empréstimos ou apoio familiar.

De acordo com o especialista, é necessário um planejamento financeiro para estar preparado para eventuais imprevistos. "A consciência de gastos e o planejamento para realização de grandes projetos beneficia não apenas o detentor do dinheiro, mas todos ao seu redor", destaca.

Lamounier ressalta que para se ter uma vida financeira saudável e não entrar no vermelho é importante seguir alguns passos, como mapear a renda total, separar as despesas fixas no seu orçamento, esquematizar as despesas variáveis e organizar as dívidas.

O levantamento ainda mapeou as decisões comportamentais ligadas ao uso de produtos e serviços por meio da tecnologia. 93% dos entrevistados afirmam não compartilhar senhas bancárias com amigos e familiares e 90,3% não compartilham informações sobre finanças pessoais publicamente on-line. Por outro lado, apenas 13% das pessoas entrevistadas trocam regularmente as senhas em sites de compras e administração de finanças pessoais.

Para Jonathan Arend, consultor de cibersegurança da keeggo, é importante cadastrar senhas complexas e exclusivas para cada sistema que é acessado e considerar usar um gerenciador para criá-las e armazená-las. Também é recomendado utilizá-las periodicamente, orienta o especialista.

Dentre a lista de 23 produtos e serviços usados pelo Banco Central para medir a inclusão financeira dos brasileiros, 74% dos entrevistados conhecem, ao menos, 13 ou mais produtos ou serviços listados. Pix, cartão de crédito e conta corrente ou conta salário são os produtos ou serviços mais utilizados pelos brasileiros, o PIX foi o mais lembrado com 91,6% de conhecimento e 64% de uso.

Para Cristiano Maschio, diretor da fintech Qesh: "A praticidade, baixo custo e disponibilidade 24 horas, sete dias por semana, fez com que o Pix se tornasse uma escolha conveniente para consumidores, pequenas e grandes empresas. Não demorou para ele ocupar o lugar do cartão de débito e de transferências como DOC e TED.

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