População paulista ganha quatro anos de esperança de vida neste século
O boletim 1ª Análise nº 28, da Fundação Seade, analisa a evolução da esperança de vida no Estado de São Paulo e aspectos relevantes como idade e sexo
O boletim 1ª Análise nº 28, da Fundação Seade, analisa a evolução da esperança de vida no Estado de São Paulo e aspectos relevantes relacionados aos diferenciais por idade, sexo, causas de morte e regiões administrativas. O estudo foi desenvolvido com base em informações de mortalidade provenientes dos Cartórios de Registro Civil.
É salientada a importância da queda das taxas de mortalidade por causas externas, bem como dimensionado seu impacto nos ganhos de vida média da população residente no Estado de São Paulo. A isso se somou a redução expressiva dos riscos de morte por doenças do aparelho circulatório e algumas afecções originadas no período perinatal, entre outras.
As principais conclusões do estudo são:
• a esperança de vida no Estado de São Paulo aumentou 21,5 anos entre 1950 e 2014, com crescimento médio de quatro meses de vida a cada ano, passando de 54,2 para 75,7 anos, nesse período;
• nos primeiros 14 anos do século XXI, o incremento foi de 4,1 anos, confirmando a continuidade da tendência de aumento da vida média;
• o Estado de São Paulo posiciona-se entre a média latino-americana (74,6 anos) e a da Europa (77,0), com 5,2 anos acima da média mundial (70,5);
• entre 2000 e 2014, a diferença entre a esperança de vida feminina e a masculina diminuiu de 9 para 6,7 anos, em razão, principalmente, da redução acentuada da mortalidade por causas externas (agressões, acidentes envolvendo transportes, etc.) entre os adultos jovens;
• 64,4% do aumento da esperança de vida no Estado, entre 2000 e 2014, resultou da queda da mortalidade por doenças do aparelho circulatório, por causas externas e por afecções originadas no período perinatal;
• em 2014, as maiores expectativas de vida foram observadas nas Regiões Administrativas de São José do Rio Preto (76,1 anos), Ribeirão Preto (76,0), Franca (75,9) e Campinas (75,9);
• os maiores acréscimos regionais de esperança de vida ao nascer, entre 2000 e 2014, ocorreram nas Regiões Metropolitanas da Baixada Santista (4,5 anos) e de São Paulo (4,5 anos);
• a eliminação de mortes precoces ainda representa um fator crucial na elevação da vida média paulista, mas a tendência futura deverá ser de concentração progressiva das atenções nas idades mais avançadas.