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Após ter auxílio doença cortado e ser despejado, morador de Assis acampa em frente ao INSS

Davi teve o benefício cortado pela primeira vez no início da pandemia, porém ele foi restabelecido no final de 2020

Redação AssisCity

  • 24/09/21
  • 16:00
  • Atualizado há 134 semanas

Davi Ramos da Silva, 40 anos, teve seu auxílio doença cortado no dia 31 de agosto deste ano, ele e sua família foram despejados e na madrugada desta quinta para sexta-feira, 24 de setembro, ele e a esposa acamparam em frente a Agência de Assis do INSS na tentativa de serem atendidos.

Davi conta que sofreu um acidente de moto em janeiro de 2015, pouco tempo após parar de trabalhar em um frigorífico.

"Comecei a receber o auxílio acidente em 21 de janeiro de 2015 e logo que a pandemia começou o auxílio acidente foi cortado, e só conseguimos na Justiça que ele fosse restabelecido em dezembro e que os sete meses que fiquei sem receber o valor deveriam ser pagos; estes meses atrasados eu ainda não recebi; e em agosto deste ano tive o auxílio cortado novamente", conta.

Divulgação - Davi e a esposa passaram a noite acampados em frente ao INSS - Foto: AssisCity
Davi e a esposa passaram a noite acampados em frente ao INSS - Foto: AssisCity

Com o corte do auxílio acidente no valor de um salário mínimo, Davi passará a receber a partir de outubro o auxílio doença de R$ 510,00.

"O valor do auxílio doença não é suficiente para mantermos o aluguel e suprir as necessidades básicas; e por conta de todo o período em que não recebi o auxílio acidente há cerca de 15 dias acabamos despejados; ainda aguardo o recebimento dos meses em atraso do auxílio acidente", ressalta.

Davi conta que o INSS lhe deu alta médica, cortando novamente o auxílio, porém ele ainda está em tratamento médico e tem encaminhamento para um novo especialista no dia 14 de outubro.

"Eu não recebi alta médica do especialista que me trata, sem a liberação do médico o auxílio não poderia ser cortado; no acidente sofri uma perda de 10 cm de massa óssea, e não consigo andar sem o uso de muleta", considera.

Divulgação - No acidente Davi perdeu cerca de 10 cm de massa óssea - Foto: AssisCity
No acidente Davi perdeu cerca de 10 cm de massa óssea - Foto: AssisCity

Davi conta ainda que só poderá passar por nova perícia no INSS após o dia 30 de setembro, quando completam 30 dias da suspensão do seu benefício.

Ele pede para que o INSS agende uma perícia com urgência, e que os valores atrasados sejam pagos.

A pedido do AssisCity, a assessoria de imprensa do INSS emitiu a seguinte nota:

"Informamos que o senhor David Ramos da Silva recebeu benefício de auxílio por incapacidade temporária entre janeiro de 2015 e maio de 2020. O segurado também recebeu outro benefício de auxílio por incapacidade temporária desde novembro de 2020, concedido após decisão judicial. Esse benefício foi encerrado no último dia 31 de agosto, por alta da perícia médica. Esclarecemos que a revisão de benefícios por incapacidade pelo INSS possui previsão legal e abrange, inclusive, benefícios concedidos judicialmente.

O segurado possui valores atrasados a receber referentes a esse último benefício. Esse pagamento, no entanto, será feito pela Justiça. O senhor David pode obter mais informações sobre o processo judicial junto ao seu advogado ou à vara responsável.

O senhor David também pode solicitar um novo pedido de auxílio por incapacidade temporária após 30 dias do encerramento do benefício anterior. Para fazer um novo pedido, o segurado deve acessar o site gov.br/meuinss, o aplicativo para celulares Meu INSS ou ligar para o telefone 135 e agendar uma perícia médica.

Por fim, acrescentamos que, em pesquisa aos nossos sistemas, não foi localizado benefício de auxílio acidente para o segurado."

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