Conselho Municipal de Saúde informa que análise de documentação da Comunidade Restauração está em andamento

Na tarde de terça-feira, dia 12 de março, voluntários e membros da Comunidade Restauração dirigiram-se à Casa dos Conselhos de Assis para reivindicar o reconhecimento formal da entidade como uma unidade assistencial do município. O objetivo era convocar a comunidade para participar da reunião do Conselho Municipal de Saúde, o órgão responsável por deliberar sobre a inclusão do tema em discussão e votação.

Paula Chadi, representante da Comunidade Restauração, explicou a necessidade do reconhecimento e as demandas do grupo durante a reunião. "Estamos há anos tentando formalizar nossa parceria com a rede pública de saúde. Apesar de atendermos aos requisitos, enfrentamos obstáculos burocráticos que nos impedem de receber apoio financeiro do SUS", disse.

Segundo a representante, a Comunidade Restauração trabalha há três décadas atendendo dependentes químicos da região e busca ser oficialmente reconhecida como uma unidade residencial de atendimento transitório."Apresentamos todos os documentos exigidos e estamos prontos para atender aos critérios estabelecidos. No entanto, enfrentamos dificuldades para entender exatamente quais são esses critérios e como podemos nos adequar a eles", enfatizou Chadi.

O impasse se intensificou durante a reunião, quando membros da comissão responsável pela análise dos documentos não puderam votar devido à falta de quórum. Além disso, a equipe técnica levantou a questão da falta de pessoal na equipe da Restauração, alegando que isso impossibilita a tipificação do serviço.

"Nós tivemos que descobrir na prática o que precisávamos para ser reconhecidos, e mesmo com todos os documentos apresentados, a equipe técnica argumentou que não temos a equipe mínima necessária. Temos verbas de deputados destinadas ao nosso projeto, que correm o risco de serem perdidas se não conseguirmos o reconhecimento a tempo", explicou Paula.

O vereador Fernando Vieira, que estava presente na reunião, também se pronunciou, criticando a demora do Conselho em tomar uma decisão. "É inadmissível que uma entidade que presta um serviço tão importante para a comunidade enfrente tantos obstáculos burocráticos. A Comunidade Restauração tem sido uma luz na vida de muitos dependentes químicos e suas famílias. Precisamos agir com urgência para garantir que eles possam continuar esse trabalho tão importante", ressaltou o vereador.

O Conselho de Saúde reconheceu a importância do serviço prestado pela Restauração, mas expressou preocupações em relação à adequação da equipe e à conformidade com as diretrizes do Ministério da Saúde. Ao final da reunião, ficou acordado que a documentação adicional solicitada pela comissão seria fornecida pela entidade. Os representantes do Conselho se comprometeram a revisar o material entregue internamente e marcar uma nova reunião para votar a tipificação.

O caso continua sendo acompanhado pelo Portal AssisCity.