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Incêndios em canaviais preocupam autoridades do Vale Paranapanema

Há suspeita de que os incêndios sejam criminosos.

Assessoria CIVAP

  • 13/05/15
  • 09:00
  • Atualizado há 474 semanas

Nesta segunda-feira, 11, autoridades regionais se reuniram para tratar sobre os constantes incêndios em canaviais da região. A preocupação é motivada pelo perigo que tais incêndios representam e principalmente pelo fato de que, os mesmos podem ter origem criminosa.

Participaram da reunião os prefeitos Manoel Possidônio (Platina e presidente do CIVAP), Ricardo Pinheiro Santana (Assis) Jairo da Costa e Silva (Tarumã), Eduardo Correa Sotana (Maracaí), Ismênia Mendes Moraes (Palmital), Zacharias Jabur (Cândido Mota) e Herman Henshel (Cruzália); o Subtenente Antonio Sergio de Souza (2º Sub Grupamento do Corpo de Bombeiros), Capitão PM Shesterson Campos (32° Batalhão de Policia Militar do Interior) Guilherme Dias (Defesa Civil de Florínea), Tenente Eliton Ricardo Sanches (2° Pelotão de Polícia Militar Ambiental de Assis), Delegado Luiz Antonio Ramão (Polícia Civil de Assis), representantes dos municípios de Cruzália, Florínea e das Usinas Nova América, Agroterenas, Água Bonita, Fazenda Nova Esperança e Fazenda Masoca. Ainda participaram da reunião, os assessores do deputado estadual Mauro Bragato, Antonio Marcos da Costa e Oscar Gozzi, e representando o CIVAP Ida Franzoso de Souza (diretora executiva) e o Engº Leandro Dias (gerente de projetos).

Um dos pontos que preocupam as autoridades sobre o assunto, além dos grandes prejuízos econômicos, é o perigo consequente destes incêndios, visto que com a colheita mecanizada, muita palha fica sobre as propriedades, o que promove que o fogo se alastre rapidamente, atingindo áreas maiores e outras propriedades. Outro fator considerado uma ameaça, é o fato de que estes incêndios ocorrem próximos de áreas de preservação ambiental e áreas de perímetro urbano.

Entre os presentes, a principal suspeita é que estes incêndios sejam criminosos, principalmente, considerando que os mesmos estão ocorrendo em diversos municípios da região, em sua grande maioria aos finais de semana e aparentam ser 'orquestrados', ocorrendo de maneira cronológica e com inicio bem próximo a rodovias e estradas asfaltadas.

Ao final da reunião, as autoridades decidiram acionar a Concessionário Auto Raposo Tavares (CART), pois em áreas próximas da Rodovia, o sistema de monitoramento poderá ajudar numa possível investigação, e consequente, na identificação dos causadores do incêndio. Uma Comissão também foi formada, envolvendo a Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Militar Ambiental, Corpo de Bombeiros, o município de Florínea, Usina Água Bonita e Agroterenas, e o Plano de Atendimento Mútuo à Emergências - PAME, das empresas da região, no intuito de planejar ações de combate e investigação aos casos de incêndios nos canaviais.

As autoridades já agendaram para a próxima sexta-feira, 15, uma nova reunião para dar sequencia aos trabalhos, na qual esperam já contar com a participação da CART e da Policia Militar Rodoviária.

Prejuízos - A incidência de incêndios pode representar prejuízos as Usinas e propriedades em três situações principais: quando o incêndio atinge áreas já colhidas, no qual a cana-de-açúcar já está rebrotando; quando o incêndio atinge o canavial antes do período ideal de colheita, interrompendo o ciclo da planta e gerando o prejuízo total do plantio; e mesmo que colhida à área atingida pelo incêndio representa prejuízos, visto que nestes casos a cana-de-açúcar precisa ser processada antes da sua plena maturação e desenvolvimento.

Penalidades - As autoridades ainda alertam que, o flagrante do crime de incêndio, tipificado no artigo 250 do Código Penal, tem pena prevista de reclusão, de três a seis anos, e multa para cada foco de incêndio constatado.

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