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Jogadora de Damas de 14 anos, de Assis, vence seis partidas simultâneas contra jogadores de poker

A jogadora é atleta da Autarquia Municipal de Esportes de Assis

Redação AssisCity com informações do site www.superpoker.com.br /

  • 30/07/15
  • 10:00
  • Atualizado há 456 semanas

A jovem Ingrid Rafaela de Souza tem só 14 anos, mas já coleciona títulos em campeonatos de Damas. Campeã paulista de jogadores de até 13 anos, campeã da Liga Oeste Paulista e tricampeã dos Jogos Regionais do Estado de São Paulo pela equipe da Cidade de Assis, ela é orgulho e esperança brasileira no próximo mundial do esporte, em 2016, na Holanda.

De acordo com Márcio Correia dos Santos, presidente da Autarquia Municipal de Esportes de Assis (AMEA), Ingrid treina em Assis com muita dedicação, neste ano foi terceira colocada no Jogos Abertos da Juventude em Pirassununga, além disso participou dos Jogos Regionais, onde foi campeã com sua equipe em Osvaldo Cruz.

Passatempo para alguns, o jogo de Damas virou coisa séria para Ingrid depois que sua mãe coordenou um projeto em uma escola que seu atual treinador, o ex-campeão brasileiro Nadim Yehia Naufal, dava aula.

- Aí, para que eu não ficasse sozinha em casa, ia com ela. Conheci e gostei.

No aquecimento para o mundial, a jogadora foi convidada para um desafio com praticantes deste outro esporte da mente durante a quarta etapa do BSOP (Brazilian Series of Poker), que aconteceu em São Paulo nesta semana.

Em seis mesas simultâneas, Ingrid jogou Damas com especialistas e profissionais de poker e não demorou mais do que meia hora para tirar todas as peças dos oponentes dos tabuleiros.

Entre os participantes estavam o jogador de poker recreativo Piragibe Lindolfo, o narrador de poker da ESPN Ari Aguiar e a poker pro Renata Teixeira. O que mais deu trabalho à jogadora, no entanto, foi o bicampeão brasileiro de Omaha, Fernando Grow.

- Alguns sabiam (dominar o centro do tabuleiro) e outros não. O mais difícil foi o Fernando. Ele é muito estratégico.

Esporte da mente

Há muita semelhança entre o poker e o jogo de Damas. Se de um lado o poker é um passatempo entre amigos com home games, o jogo de Damas é uma diversão certa de pelo menos uma dupla de jogadores. Além disso, há profissionais nos dois esportes que trazem o desenvolvimento de habilidades como disciplina, controle emocional e competitividade.

Assim como o poker é um esporte da mente institucionalizado no Brasil - com a CBTH (Confederação Brasileira de Texas Hold'em) na tarefa de proporcionar e promover a prática esportiva em todas as modalidades - o jogo de Damas também é sua organização para assegurar seu desenvolvimento nos diversos formatos. Homóloga à confederação de poker, a CBD (Confederação Brasileira de Jogo de Damas) é quem orienta os organizadores de campeonatos e árbitros, trabalha na regulamentação do esporte e na condução do ranking nacional.

Sinônimo de desenvolvimento intelectual, ambos os esportes conquistam cada vez mais praticantes no Brasil a partir das salas de aula. Enquanto o poker já é estudado em duas universidades - UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) e UNIVASF (Universidade Federal do Vale do São Francisco) -, o jogo de Damas aumenta sua influência pedagógica na rede pública em vários estados brasileiros. Entre eles, o Amazonas ganhou uma federação recentemente, que vai trabalhar na construção de um centro de excelência do esporte.

Próximo ao Caribe e América Central - regiões de considerável influência holandesa e se pratica o jogo -, o Amazonas pode servir como ponte entre jogadores brasileiros e estrangeiros com a implementação de um centro de desenvolvimento.

Para saber mais sobre o esporte mental que conquista o Brasil de norte a sul e dar mais trabalho aos praticantes do esporte que aparecerem para um próximo desafio no BSOP, siga a página da CBD no Facebook.

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