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Vaticano autoriza bênçãos a casais do mesmo sexo, mas mantém doutrina tradicional

Em decisão histórica, Igreja Católica reconhece união entre pessoas do mesmo sexo como "irregular", mas permite celebração de rituais religiosos

Redação AssisCity

  • 19/12/23
  • 15:00
  • Atualizado há 56 semanas

Em uma decisão histórica, o Vaticano anunciou nesta segunda-feira, dia 18 de dezembro, que agora permitirá que padres concedam bênçãos a casais do mesmo sexo. A decisão, contrária à doutrina da Igreja Católica que condena as uniões homossexuais, está detalhada em um documento autorizado pelo Papa Francisco e divulgado nesta segunda-feira.

De acordo com a nova diretriz, padres católicos romanos agora podem, se desejarem, administrar bênçãos a casais do mesmo sexo. Contudo, os padres ainda têm o direito de recusar a realização do ritual, mas são proibidos de impedir "a entrada (nas igrejas) de pessoas em qualquer situação em que possam buscar a ajuda de Deus por meio de uma simples bênção".

A bênção não pode se assemelhar a uma cerimônia de casamento, e não pode ocorrer durante liturgias regulares da Igreja. O documento que anuncia essa nova decisão destaca que a Igreja Católica continua a considerar a união entre casais do mesmo sexo como um ato "irregular", reafirmando que a doutrina permanece inalterada. No entanto, reconhece que a autorização das bênçãos é um "sinal de que Deus acolhe a todos".

Freepik/Reprodução - Vaticano autoriza bênçãos a casais do mesmo sexo, mas mantém doutrina tradicional - FOTO: Freepik/Reprodução
Vaticano autoriza bênçãos a casais do mesmo sexo, mas mantém doutrina tradicional - FOTO: Freepik/Reprodução

Em outubro, em um discurso, o papa Francisco já havia indicado que a igreja pudesse passar a permitir a bênção a casais homossexuais em um futuro próximo. "Não podemos ser juízes que apenas proíbem", disse, à época, o pontífice.

Em agosto, ele disse que mulheres trans são "filhas de Deus" e que a igreja não pode tratá-las de forma diferente. Em janeiro, Francisco criticou países que criminalizam homossexuais e disse que "a homossexualidade não é crime".

Apesar dos avanços, no entanto, coletivos de homossexuais católicos cobram o pontífice por mais mudanças há mais de uma década.

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