Ator de Palmital integra elenco de filme sobre os Mamonas Assassinas

Estreou no dia 28 de dezembro, nos cinemas de todo o país, "Mamonas Assassinas - O Filme", longa que conta a história da icônica banda que movimentou o país na década de 1990 e teve um trágico fim, após os membros falecerem um acidente de avião na Serra da Cantareira em 1996.

No elenco do filme, o ator Pedro Abranches, de 54 anos, natural de Palmital chamou a atenção ao interpretar Juliano, pai do tecladista Júlio Rasec. Em entrevista ao Portal AssisCity, Pedro contou um pouco sobre sua carreira e como foi sua participação no longa.

"Eu sempre fui artista, desde criança eu já participava de muitas coisas, principalmente em Palmital. Mas, durante 13 anos eu me dediquei a cuidar do meu pai que tinha Parkinson e após ele falecer, ficou um vazio na minha vida. Foi quando decidi voltar para São Paulo, lugar que eu já havia morado na minha adolescência, e me profissionalizei na área, me tornando ator profissional", conta.

Sobre sua participação, Pedro conta que foi convidado para fazer o teste para o elenco, após ter seu perfil avaliado pela equipe de produção. Segundo o ator, durante as gravações, a família dos membros da banda esteve presente e ele teve contato com Juliano Barbosa, personagem que interpreta no filme. "Tive a oportunidade de ter contato com o seu Juliano e também com a irmã do Júlio. Foi uma experiência incrível porque eu vivi a época dos Mamonas, eu participava de uma banda cover em Palmital. Após o acidente de avião, lembro que fomos convidados para participar de um show em homenagem, então para mim é muito emocionante", relata.

Pedro conta sobre um fenômeno que vivenciou durante as gravações com a famosa brasília amarela, marca registrada da banda, que o deixou muito surpreso. "Os meninos que interpretam os membros, todos eles tocam e cantam na vida real, então nós fomos gravar a cena de um show muito marcante na carreira dos Mamonas, que é quando eles passam de Utopia para Mamonas Assassinas. Nesse local, tinha um estacionamento coberto e lá estava a brasília amarela original, e nós estávamos nos preparando com figurino e maquiagem. Quando recebemos o ok para gravar a cena, nesse exato momento, o tempo fechou e veio uma tempestade de surpresa e isso nos atrapalhou muito, porque no set tinha muita coisa elétrica ligada, sem contar a maquiagem. Todas as luzes do estacionamento estavam ligadas e de onde nós estávamos, conseguíamos ver perfeitamente a brasília estacionada. De repente, acabou a luz e ficamos sem energia elétrica geral, mas o incrível é que naquele momento a única luz que não desligou é a que estava na brasília amarela. Todo mundo ficou muito impressionado com a cena", relata.

O ator conta que todas as cenas gravadas foram muito emocionantes, tanto para ele como para os demais atores que participaram do filme. "Foram momentos de muita alegria, então quem for assistir vai cantar muito, vai rir muito, e em alguns momentos chorar também, porque algumas passagens dele é algo fora do comum, afinal em pouco tempo os Mamonas Assassinas saíram do ostracismo para serem adorados por todo o Brasil", conclui.