Autópsia de criança morta em outubro revela que causa da morte foi pneumonia
Mãe e padrasto foram presos por suspeitas de maus tratos, mas foram liberados após laudo inicial descartar violência como causa da morte
Redação AssisCity
- 15/01/24
- 12:00
- Atualizado há 15 semanas
Após 3 meses, autópsia de criança de 2 anos que estava internada na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Regional de Assis (HRA) e que faleceu no dia 8 de outubro de 2023, revelou que a morte foi causada por quadro de pneumonia aguda. No entanto, ao longo da investigação, o delegado responsável pelo caso não descarta que o casal que foi preso tenha cometido maus-tratos contra a criança.
De acordo com o laudo médico divulgado pela família com exclusividade ao Portal AssisCity, a criança deu entrada na UTI Pediátrica com suspeita de doenças de notificação compulsória, como dengue, leptospirose e febre maculosa, com queixa de febre. Todos os testes imunológicos realizados por exames laboratoriais, após o óbito, deram negativo.
À época, mãe e padrasto da criança chegaram a ser presos pela Polícia Civil de Cândido Mota com base em denúncias de suspeitas de maus tratos feitas pelo Conselho Tutelar. De acordo com a avó e o tio da criança, um laudo médico inicial descartou que a causa da morte tenha sido em decorrência de uma violência e o casal foi liberado após 28 dias de reclusão.
Com as novas informações divulgadas, o Portal AssisCity entrou em contato com as autoridades policiais. O delegado titular de Cândido Mota, Dr. João Fernando Pauka, responsável pela ocorrência, explicou à reportagem que, de acordo com todos os elementos colhidos ao longo das investigações, ficou evidente que a criança era vítima de maus-tratos. "Além de ostentar lesões corporais evidentes e haver testemunhas, a própria mãe confessou ter agredido a criança. Em resumo, maus-tratos existiram, só não foram a causa da morte da criança", explicou.
Com relação à prisão, o delegado esclareceu que à época o pedido de reclusão foi decretado pois havia suspeita de que o casal fugisse. "Nós tínhamos motivos para acreditar que, por medo das consequências dos seus atos, eles pretendiam retornar para o estado do Mato Grosso. No entanto, com o avanço das investigações e após a finalização dos trabalhos de investigação, eu mesmo representei pela concessão da liberdade provisória de ambos", finalizou.
A reportagem também conversou com a mãe da criança que, por determinação da defesa, decidiu não se pronunciar, bem como o Conselho Tutelar de Cândido Mota que, até o momento da publicação desta matéria, não retornou.