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Moraes solta mais de 100 presos de 8 de janeiro; tupãenses não foram liberadas

Os 137 beneficiados pela decisão de Moraes, que estavam nos presídios da Papuda (homens) e Colmeia (mulheres), terão que usar tornozeleiras eletrônicas e estão proibidos de sair do país

Redação TupaCity com informações Gazeta do Povo

  • 28/02/23
  • 17:00
  • Atualizado há 60 semanas

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu nesta segunda e terça-feira (27 e 28) liberdade provisória a 137 pessoas que foram detidas após os atos de depredação ocorridos em 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

A medida foi tomada após semanas de pressão realizada por políticos de direita e advogados contra alegadas arbitrariedades adotadas pelo ministro.

A lista não inclui os nomes das tupãenses Vanessa Harume Takasaki e Rosemeire Morandi. O advogado de Rosimeire Morandi, Victor Anuvale, falou com o TupãCity sobre a situação de Rosemeire. De acordo com o criminalista, ainda não há decisão que a libere.

"Fomos presencialmente no STF e pedimos para falar no gabinete do ministro, que sequer deixou subir. Pedimos atendimento virtual com o ministro ou assessor o que não foi acolhido. Temos a informação que foi oferecida diversas denúncias, porém não nos deram acesso", disse.

Anuvale ainda afirmou que Rosemeire está bem e apoiada pela família. "Não foi maltratada ou agredida. Esta recolhida no presídio feminismo da Colmeia (gama-DF), com todos os diretos respeitados. Já vi ela diversas vezes", afirmou. "O que não conseguimos e que julgue os pedidos de liberdade". (Confira abaixo nota enviada pelo advogado). O TupãCity não conseguiu contato com a defesa de Vanessa Harume Takasaki.

Dia 8 de janeiro foi marcado por atos de depredação na Praça dos Três Poderes, em Brasília/Foto:  (EDISON BUENO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO/Reprodução)
Dia 8 de janeiro foi marcado por atos de depredação na Praça dos Três Poderes, em Brasília/Foto: (EDISON BUENO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO/Reprodução)

Klio Hirano

Outra tupãense que segue presa em Brasília é Klio Hirano. Ela foi presa antes mesmo dos atos do dia 8 de janeiro, em 28 de dezembro. Klio estava entre os manifestantes que frequentavam os atos no Quartel-General do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU) e que, de acordo com a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), teria tentado invadir a sede da Polícia Federal. Clique aqui para relembrar o caso.

Nas redes sociais circula um vídeo atribuído ao advogado de defesa da tupãense, Dr. Levi de Andrade. Nos últimos dias, foi divulgada a informação de que Klio estaria ferida na prisão. "Havia algumas denúncias de que ela no pátio teria apanhado de presas comuns, que teriam quebrado dois dentes dela, pulso e o pé. Acabei de visitá-la e ela nos garantiu que foi um acidente, que ela caiu. Se aconteceu, ela está com medo de falar. Como advogado, como pessoa temente a Deus, não posso criar ou inventar uma situação", disse. (Assista aqui ao vídeo)

Klio Hirano está presa desde o dia 28 de dezembro/Foto: redes sociais
Klio Hirano está presa desde o dia 28 de dezembro/Foto: redes sociais

Tornozeleira eletrônica

Os 137 beneficiados pela decisão de Moraes, que estavam nos presídios da Papuda (homens) e Colmeia (mulheres), terão que usar tornozeleiras eletrônicas e estão proibidos de sair do país. Eles também ficam obrigados a cumprir o recolhimento domiciliar durante as noites e nos fins de semana.

O despacho ainda manda que essas pessoas se apresentem ao Juízo da Execução da Comarca de origem em 24 horas e, depois, compareçam semanalmente, todas segundas-feiras.

Em 8 de janeiro, muitos desses manifestantes agiram movidos por uma interpretação equivocada de que a Constituição forneceria base legal para uma intervenção no resultado das eleições. Mas, a ação resultou em atos ilegais de vandalismo, violência e tentativa de interrupção do funcionamento das instituições.

NOTA DE VICTOR ANUVALE

Com relação aos fatos ocorridos no dia 08/01/23 podemos esclarecer que nossa cliente manifesta inocência. Ela sempre se manifestou de forma ordeira e pacifica. Nunca desrespeitou ninguém. Nunca! Defendemos que pessoas de má indole, algumas infiltradas, promoveram uma destruição nos palácios, fato que foi combatido pela nossa cliente. Temos áudios que comprovam que ela atuou para que não ocorresse depredação ao patrimônio público.

A defesa já teve diversos contatos com a cliente que está bem, sendo apoiada pelos amigos e familiares. Em que pese a distância dos familiares, este de pé, pois não fez nada que justificasse estar presa! Aguardamos o julgamento de diversos pedidos de concessão de liberdade feitos nos autos junto ao Supremo Tribunal Federal, sem que fossem, até aqui analisados. Ressaltamos que tentamos diversas vezes ser atendidos no Gabinete do Ministro Alexandre de Morais, sem obter sucesso até aqui. Por fim, registra-se que nossa cliente é pessoa do bem, honesta, de boa índole e nunca deixou marca negativa onde passou. Existe um histórico pessoal e familiar de boa conduta que deve ser levado em consideração.

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