Para Sindicato, Lei Trabalhista gera incertezas e ações de inconstitucionalidade no Judiciário
Mais de 12 milhões de desempregados, aumento do trabalho informal e demissões em massa.
São esses os primeiros resultados dos três meses da nova Lei Trabalhista que atual Governo
vendeu ao país como a solução para todos os problemas da classe trabalhadora. A argumentação era a de que, além de gerar milhares de empregos, garantiria segurança jurídica
para os empresários. Essa versão, que invadiu os lares brasileiros nos meios de comunicação
em programas populares de rádio e TV, está sendo desmentida pelos fatos.
De acordo com a Anamatra - Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho o
que está acontecendo no Brasil hoje é muito semelhante ao ocorrido no México nos anos
2000: uma migração dos postos de trabalhos formais e garantidos por atividades informais,
precárias e mal remuneradas.
Para o Sindicato dos Bancários de Assis e Região, a principal saída para impedir o fim de tantos
direitos perdidos nesse processo é a revogação da Lei. "A pressa era tanta que os
parlamentares fizeram um acordo para aprovar a reforma do jeito que estava,
independentemente das perversidades, como o caso de mulheres grávidas serem obrigadas a
trabalhar em ambientes insalubres e até de inconstitucionalidades no texto da reforma. A
promessa era de que depois resolveriam os problemas via Medida Provisória. Até agora, nada
foi feito", argumenta o presidente Helio Paiva Matos.
A forma como a lei foi aprovada colocou os trabalhadores de volta ao cenário de barbárie que
só existiu antes da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, criada no ano de 1943. "Essa
legislação é a consagração do capitalismo selvagem no mundo do trabalho: a precarização, a
informalidade, o subemprego e demissões. Tudo isso já está acontecendo", finaliza.
Presidente do Sindicato, Helio Paiva Matos