Desaparecimento de Maria José Floter completa 3 meses, em Assis

Um caso que repercutiu intensamente em Assis ainda não chegou ao fim. O desaparecimento de Maria José da Silva Floter, de 72 anos, é uma situação que não foi desvendada.

A idosa, que sofre de mal de alzhaimer, saiu de sua casa, na Vila Santa Cecília, no dia 24 de setembro deste ano, e de acordo com a família, subiu a rua André Perine, sem destino.

O marido que estava em casa, senhor Willian Floter, sentiu a falta da esposa e logo em seguida mobilizou familiares e equipes policiais para encontrar a mulher, mas não teve sucesso.

A primeira semana foi de muita angústia mas a esperança de encontrar Maria ainda era grande. Equipes de resgate e até um helicóptero da Polícia Militar, foram utilizados para tentar localizar a mulher nos locais mais improváveis possíveis.

Ao completar o primeiro mês de buscas, uma notícia surpreendeu a todos; o falecimento do esposo Willian, que estava angustiado com o desaparecimento da mulher. Ele não resistiu e infartou. Dois dias antes, tinha concedido uma entrevista ao Portal AssisCity e expôs toda sua angustia, sofrimento e resto de esperança que ainda tinha em encontrar a companheira.

Meses se passaram e ainda não se tem uma notícia de Maria José, que ainda não voltou para à casa.

Desaparecimentos

Casos como o de Maria José são comuns na região de Assis. Idosos, que muitas vezes sofrem da mesma doença, acabam saindo de casa sem rumo e gerando preocupação para a família.

Nesta segunda-feira, 26 de setembro, um morador do Jardim Europa, divulgou nas redes sociais que uma idosa teria aparecido em sua residência e, aparentemente, estava perdida. Mas com a rapidez da internet, as pessoas começaram a compartilhar a imagem da mulher e logo em seguida conseguiram encontrar a família.

Também neste ano, o idoso José Alves Teixeira, de 72 anos, morador de Cândido Mota, desapareceu de sua casa por diversas vezes. E na última vez, após 12 dias, foi encontrado morto em Palmital. José sofria de Alzheimer.

Alzheimer

Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade. A causa é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada.

A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles.

Como conseqüência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.