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Qual tema vai cair na prova de redação do ENEM 2022?

Esse é um dos principais questionamentos de quem presta a prova

Redação AssisCity/ Fonte: INAF/ Adaptação: Professora Jeceli Fazione

  • 21/10/22
  • 16:00
  • Atualizado há 80 semanas

O Portal AssisCity começa nesta sexta-feira, 21de outubro, uma série especial sobre o Enem 2022, em parceria com a professora e autora do livro 'Como se dar Bem na Redação do ENEM', Jeceli Fazioni, que atua na Escola Estadual 'Carlos Alberto de Oliveira' em Assis.

E para os estudantes que prestam a prova, um dos questionamentos mais importantes é o tema que vai cair na prova de redação. Mas para Jeceli, mais do que saber o tema é necessário saber o que fazer com as informações do tema.

"O mais importante é saber o que fazer com esse tema e com a proposta da redação. Por isso, fica a dica: não se desgaste com isso", pontuou.

divulgação - Professora Jeceli Fazione - Foto: Divulgação
Professora Jeceli Fazione - Foto: Divulgação

Para a professora é importante ler e escrever textos dissertativos-argumentativos focados no desenvolvimento das 5 competências avaliadas na redação e que podem garantir o bom desempenho na hora da escrita.

"No dia da prova o candidato deve ler a proposta de redação; ler os textos motivadores; anotar as ideias mais importantes do texto, posicionar-se criticamente diante do tema, escrever o rascunho da redação, passar o texto a limpo (na folha própria da redação)", explicou Jeceli.

Outra dica importante que Jeceli deixa para os candidatos é a leitura da Cartilha do Participante do ENEM, que você pode conferir aqui. "Esse documento traz orientações e informações importantes que te ajudarão no dia da prova de redação", finalizou.

Possível tema:

Toda semana o Portal AssisCity trará, junto de Jeceli, possibilidades de temas na Redação do ENEM 2022, e o primeiro é:

'Analfabetismo funcional no Brasil: desafios a serem vencidos'

O analfabeto funcional tem dificuldade para interpretar textos simples, fazer cálculos básicos. Segundo dados do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), 2018, um em cada quatro trabalhadores do país é considerado analfabeto funcional. No Brasil, quando o mercado de trabalho está aquecido e há empregos disponíveis, fica menos evidente o impacto da qualidade da mão de obra no desenvolvimento econômico do país. Em tempos favoráveis, as empresas contratam em maior volume e preocupam-se menos com a qualificação de seus funcionários. Com isso, mesmo os trabalhadores com baixo nível de alfabetismo encontram seu posto, ainda que assumindo funções de menor complexidade. Como não há preocupação com o crescimento profissional desses trabalhadores, o investimento na sua qualificação é praticamente nulo.

Nos períodos difíceis, a conta chega em dobro. Os trabalhadores menos qualificados são os primeiros a perder o emprego. Caso tivessem oportunidade de sair dos níveis mais baixos do alfabetismo funcional quando contratados, o cenário em tempos amargos poderia ser menos traumático, uma vez que, na época de fartura, o crescimento seria mais sustentável. Nas condições atuais, porém, perdem as empresas e os indivíduos.

No caso do Brasil, o analfabetismo funcional vem diminuindo lentamente, como mostram os dados do Indicador da Alfabetismo Funcional (Inaf), calculados desde 2001. Porém, eles ainda se encontram em patamares altos, sobretudo entre a população mais velha, que teve menos oportunidades educacionais na juventude. Os dados de 2018 apontam que um quarto dos trabalhadores (25%) que têm entre 15 e 64 anos é de analfabetos funcionais - ou seja, não consegue ler ou escrever muito além de um bilhete simples, apenas reconhece os números e faz cálculos muito básicos e tem dificuldades, por exemplo, para resolver problemas do dia a dia que envolvam comparar e operar números na casa dos milhares.

divulgação - Níveis de Analfabetismo Funcional - Foto: Divulgação/INAF
Níveis de Analfabetismo Funcional - Foto: Divulgação/INAF

Uma das maiores dificuldades que o analfabeto funcional enfrenta é a inserção no mercado de trabalho. A procura por um emprego ou uma atividade remunerada pode ser frustrante: é difícil aparecer uma colocação e, quando ela surge, geralmente é em postos com pior remuneração. Dados do Inaf 2018 mostram que apenas 46% dos entrevistados que se encontravam nos níveis mais baixos de alfabetismo, na época da pesquisa, estavam trabalhando; já entre os proficientes, esse índice era de 71%. Ao fazer o cruzamento entre o nível de alfabetismo e a situação de trabalho, percebe-se que, entre os desempregados ou que procuram o primeiro emprego, a incidência de analfabetos funcionais é maior.

Na outra ponta estão os setores que concentram o maior número de pessoas no nível proficiente ou intermediário: o da educação (69%) e o industrial (54%). Em relação aos cargos, o Inaf 2018 detectou que a maior concentração de trabalhadores com nível proficiente (30%) está nos cargos de chefia, como os de presidência, direção e gerência, e entre as funções de técnico, analista e especialista. O nível intermediário é mais frequente nos postos de coordenação, supervisão e assessoria (34%) e também nos cargos de chefia (46%). São funções que envolvem análise, decisão, criatividade e trabalho cooperativo, entre outros, e em que o próprio espaço de trabalho incentiva o desenvolvimento das habilidades que elevam o nível de alfabetismo. Porém, em termos quantitativos, tais profissionais representam uma fatia muito pequena da força total de trabalho no país. Presidentes, diretores e gerentes representam apenas 1% do total de trabalhadores, conforme a amostra do Inaf 2018. Coordenadores, supervisores e assessores somam 5% do total. E técnicos, analistas e especialistas são 7%.

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