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Rodoviárias de Assis: embarques e desembarques de muitas histórias de amor

Para algumas pessoas, conhecer paradas de ônibus de cidades diferentes é, sem dúvida, uma das experiências prazerosas desse tipo de viagem

Por Fernando Nascimento

  • 06/04/23
  • 10:00
  • Atualizado há 56 semanas

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Estações rodoviárias são lugares muito bacanas. Não importa se pequenas, grandes ou enormes… Para algumas pessoas, conhecer paradas de ônibus de cidades diferentes é, sem dúvida, uma das experiências prazerosas desse tipo de viagem.

Nossa viagem no tempo de hoje será de ônibus. Falaremos sobre a Rodoviária de Assis. Ou rodoviárias, pois a história não teve início ali na Getúlio Vargas. Bora lá?

Nos anos 40, a estação ferroviária, na Rui Barbosa, era o centro da cidade. Chamado de Largo da Estação, por todo o movimento e agitação que havia no local. As chegadas e partidas dos trens eram acontecimentos, que reuniam muitas pessoas. Lembre-se que não havia muitas opções de diversão naquela época.

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Além dos trens, o local também se tornou um ponto de ônibus, ou melhor, de "jardineiras", que ali aguardavam, para levar os passageiros dos trens para cidades vizinhas, que não eram servidas pelos trilhos. Próximo ao local, também ficavam os troles, uma espécie de carroça, que transportavam as pessoas pela cidade. O edifício Carpentieri, nas redondezas, possuía um sistema de alto-falante que anunciava os horários das jardineiras e locais de destino. Durante quase duas décadas, o largo da Estação reuniu ônibus e trens da cidade.

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Anexo ao Mercado Modelo Municipal (logo falaremos sobre o local), em 03 de março de 1958, foi inaugurada a nova Estação Rodoviária de Assis, juntamente com o novo centro de compras da cidade.

Bons tempos, onde as compras eram anotadas nas cadernetas (e quase ninguém ficava devendo). Banca, lotérica, secos e molhados, engraxates, lanchonetes, quitandas e muitas outras coisas funcionavam no local. Além de ônibus, obviamente. Principalmente os Andorinha (quem sabe falaremos deles também), com destino a São Paulo, com vários horários por dia. O fluxo de pessoas era muito grande. Podemos dizer, sem medo, que o Mercadão/Rodoviária, se tornou um novo point na cidade. Silva Tur, AVOA e outras empresas, também paravam por ali.

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Com o passar dos anos, a necessidade de um lugar maior para os passageiros resultou na promulgação da Lei Ordinária nº 1969, de 22/03/1978, que autorizou o Executivo Municipal a firmar compromisso com a TRANSESP (Pesquisa e Planejamento de Transportes do Estado de São Paulo S/A) para a liberação de uma área maior, a ser revertida pelo DER ao patrimônio do município, destinada à implantação de um novo terminal rodoviário.

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A inauguração do novo e moderno local, na Getúlio Vargas, aconteceu no dia 29 de outubro de 1979, segundo nos contou Edmundo Ferreira Gomes, mais conhecido como "Pé", proprietário da Lanchonete da Rodoviária, ou Lanchonete do Pé, como preferirem, que está instalada no local desde seu início.

Em 1989, a rodoviária passou a chamar-se Terminal Rodoviário Prefeito Thiago Ribeiro, que governou Assis entre 1956 e 1959.

Hoje, a cidade é atendida por 10 empresas de ônibus, com destinos para várias partes do Brasil. O terminal disponibiliza, para seus usuários, outras lanchonetes, lojas de variedades, confecções e cosméticos, barbearia, caixa eletrônico, ponto de táxi, estacionamento, sala de espera e sanitários. Reformas recentes proporcionam mais conforto e segurança, além de uma modernização da área de embarque. São cerca de 150 mil passageiros por ano que passam pelo local.

Reencontros, despedidas, lembranças, saudade e, é claro, histórias de amor. As rodoviárias de Assis são uma parte muito bonita de nossa trajetória!

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Qual a sua história com a rodoviária?

E, o que será que contaremos amanhã?

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