Bases da PM fecham e moradores de distrito reclamam de insegurança

O fechamento das bases comunitárias da Polícia Militar de dois distritos de Cândido Mota (SP) em janeiro está preocupando os moradores. Preocupados com a segurança, eles se mobilizaram para trazer de volta os policiais fixos e ainda pretendem levar o caso até a Câmara Municipal nesta semana.

Há duas semanas, o comando da PM desativou a base comunitária de Frutal do Campo. O prédio, recém-reformado, agora só serve de depósito para móveis de escritório. Os quase 2 mil habitantes do distrito, que estavam acostumados com tranquilidade e muros baixos, agora ficam com medo de assaltos. "Estamos com casos de carros em alta velocidade e outros problemas desde que a polícia saiu. Não sabemos o que fazer", conta o agricultor Osmar Conceição da Silva.

Depois de 15 anos com a segurança de uma base no distrito, a confeiteira Irma Alves reclama que a situação já mudou. "A população está muito apreensiva, já tivemos quatro furtos aqui", afirma.

Já o policial militar aposentado Jorge Rodrigues dos Santos, que trabalhou durante 12 anos na base, diz que sem policiamento local, outras viaturas vão demorar para atender as ocorrências. A base mais próxima fica em Cândido Mota, a 20 quilômetros do distrito. "Para chegar aqui leva mais de meia hora. Se for acidente não tem como socorrer. Então precisamos de um trabalho de prevenção na comunidade."

Porto Almeida

Em Porto Almeida, distrito com 600 habitantes, a base foi fechada há um mês. Sem policiamento fixo, a preocupação aumenta principalmente porque o local faz ligação entre os estados de São Paulo e do Paraná, por travessia de balsa do Rio Paranapanema.

De acordo com o coronel da PM Marcelo Sanches, as unidades foram desativadas por falta de policiais interessados em atuar nesses distritos. "O policial precisa ser voluntário para residir no distrito com a família e eles não querem mais", explica.

Bases da PM foram desativadas em distritos (Foto: Reprodução / TV TEM)