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Marília tenta aumento de leitos para Covid após lotação máxima

Falta de leitos pode fazer toda a região de Marília retroceder para a fase vermelha do Plano SP; próxima reclassificação deve ser nesta quinta-feira (7).

Marília Notícia

  • 06/01/21
  • 16:00
  • Atualizado há 173 semanas

A Prefeitura de Marília está avaliando a possibilidade para aumento no número de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS), reservados para pacientes com suspeita ou confirmação da Covid-19.

As Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) exclusivas para esses pacientes, alcançaram lotação máxima na madrugada desta terça-feira (5), de acordo com a Secretaria da Saúde do município.

Por sorte não foi necessária a transferência de pacientes para outros municípios da região - o que aconteceria se surgisse mais algum mariliense ou morador de outra cidade em estado grave com sintomas do novo coronavírus.

Existem 26 leitos de UTI para Covid-19 vinculados ao SUS no Hospital das Clínicas, 20 no Hospital Beneficente Unimar (HBU) e 10 na Santa Casa.

No início da noite de ontem, os leitos dos hospitais localizados em Marília atingiram 96,43% de ocupação, situação extremamente crítica.

Igualmente preocupante naquele momento, segundo boletim oficial, estava a ocupação dos 64 leitos clínicos existentes na cidade, em 89%, com 57 deles preenchidos. Ao todo, são 31 no HC/Famema, 20 no HBU e 13 na Santa Casa.

Região

Em todo o Departamento Regional de Saúde de Marília (DRS-9), que engloba 62 municípios, são 157 leitos de UTI para pacientes com Covid-19.

Segundo dados oficiais do Estado desta terça-feira, 115 deles estavam ocupados. Isso significa uma ocupação de 73,18% dos leitos existentes em toda a região.

Assim como em Marília, é o maior índice regional de ocupação já registrado, o que pode levar a um retrocesso no Plano São Paulo - que estipula medidas restritivas para o combate do novo coronavírus. A próxima reclassificação acontece nesta quinta-feira (7).

Secretário

Em entrevista ao Marília Notícia, o secretário da Saúde, Cássio Luiz Pinto, relembrou que a cidade optou por montar seu 'hospital de campanha', com recursos recebidos por conta da pandemia, dentro dos próprios hospitais existentes no município.

Ou seja, a estratégia adotada pela administração municipal foi a contratação de mais leitos de UTI e enfermaria no HBU e na Santa Casa, vinculados ao SUS. "Nós pactuamos os leitos clínicos, aumentamos os leitos de UTI lá atrás. Isso já foi criado", disse Cassinho.

"Existe a possibilidade de novos leitos clínicos? Na Santa Casa, não. No HBU talvez e HC também talvez", afirmou o secretário.

Já em relação aos leitos de UTI, não existiria possibilidade de ampliação na Santa Casa, segundo Cassinho. No entanto, no HC/Famema e no HBU, o aumento não estaria descartado.

O secretário também aguarda o anúncio de abertura de leitos para pacientes com Covid-19 em outras cidades da região, o que pode desafogar o Hospital das Clínicas de Marília, por exemplo.

"Garça está transformando cinco leitos de UTI normais em leitos Covid. Isso pode fazer com que tenhamos alta da população de Garça [que está internada em Marília>. Se tiver cinco pacientes de Garça aqui, eu libero para Marília", explicou.

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