Enxaqueca: saiba como identificar os sintomas
Dores da enxaqueca podem ser leves, fortes ou moderadas
Se você tem dores de cabeça muito fortes e que não passam com medicamentos comuns, pode ser que esteja sofrendo de enxaqueca. Mas como diferenciar uma dor comum desta doença que afeta cerca de 30% da população mundial?
O médico neurologista Pedro Medalha Neto, de Assis, explica quais são os sintomas mais comuns.
"Os sintomas mais frequentes associados à enxaqueca são dores fortes a moderadas, geralmente unilaterais, ou seja, apenas de um lado da cabeça, além de ser pulsátil ou com pressão. Os pacientes sentem como se o coração estivesse pulsando na cabeça e essa é uma das características fisiopatológicas importantes. Isso ocorre porque o coração é como uma bomba que transmite uma onda mecânica para os vasos, fazendo com que o sangue circule. No caso da enxaqueca, os vasos do crânio também são bombeados, mas causam essa dor que muitas vezes pode ser insuportável. A enxaqueca também causa efeitos gastrointestinais, como náusea, vômito e perca de apetite, especialmente durante a crise", afirma.
Esforços físicos e ambientes com muita claridade, cheiros fortes ou sons mais agudos também podem piorar o quadro.
"A enxaqueca geralmente piora quando o paciente faz esforço físico. É comum relatos de que, a cada passo que a pessoa dá no chão, a dor intensifica, assim como abaixa a cabeça ou caminhar. A doença também pode ser identificada quando o paciente desenvolve fono, foto ou osmofobia, que são intolerâncias ao som, à luz ou a cheiros. Neste caso, as pessoas também sentem um agravamento da dor e buscam um lugar escuro, quieto, onde elas possam aguardar a dor passar", acrescenta.
Mas como saber se as dores são leves, fortes ou moderadas? O doutor Pedro dá dicas para conseguir identificar.
"Uma dor de cabeça leve é aquela que a gente consegue não tomar remédio e, ao final do dia, um banho relaxante pode fazer com que ela desapareça. Podemos dizer que é mais incômodo do que uma dor. A moderada é aquela que o paciente busca medicação e sofre para continuar fazendo suas atividades cotidianas. Já a dor forte é classificada como uma dor que impede o paciente de viver sua rotina e, de tão intensa, faz com que ele precise buscar ajuda médica, já que os analgésicos comuns não conseguem melhorar os sintomas", finaliza.